Julgamento de crime que chocou o País em 1989 acontecerá amanhã no Recife

por Carlos Britto // 31 de maio de 2010 às 20:26

Maristela JustNesta terça-feira (1º/06) acontecerá, no Recife, o julgamento de um crime que chocou o País em 1989. José Ramos finalmente se sentará na cadeira de réu para responder – após 21 anos – pelo assassinato bárbaro da sua ex-mulher, Maristela Just, então com 25 anos.

Ela foi morta pelo ex-marido, na frente dos dois filhos, Zaldo e Nathália Just. Na época os dois irmãos, ainda crianças (Zaldo, com 2 anos e 9 meses, e Nathália com 4 anos e sete meses) também não escaparam do acesso de fúria do pai, e também foram atingidos pelos disparos do revólver de José Ramos. O irmão de Maristela, Ulisses Just, também foi alvejado a tentar tirar a arma do cunhado.

O fato mais chocante é que o pai de José Ramos, Gil Teobaldo, um advogado criminalista, disse ao radialista Geraldo Freire que o filho tinha nascido para ser corno e se ele não tivesse tomado aquela atitude, “não comeria mais na mesa” dele.

Zaldo e Nathália, hoje com 23 e 25 anos, respectivamente, aguardam justiça. Os dois ficaram com sequelas físicas por conta dos tiros. O pai, réu confesso, está nas mãos da mesma justiça. O país inteiro clama pelo desfecho mais lógico dessa tragédia familiar: a punição de um assassino frio.

Crédito da foto: casomaristelajust.blogspot.com

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