ICMBio diz que fogo no Parque Nacional Boqueirão da Onça, em Sento-Sé, é considerado “extinto”; indícios apontam para ação humana

por Carlos Britto // 20 de setembro de 2018 às 16:03

Incêndio controlado no Parque Boqueirão da Onça, em Sento-Sé. (Foto: Ascom PMSS/divulgação)

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que focos de incêndio estão “extintos” no Parque Nacional do Boqueirão da Onça, em Sento-Sé, no norte da Bahia. Foram 3.224 hectares consumidos pelo fogo, após análise da imagem obtida pelo Satélite Modis.

O estrago só não foi maior graças ao trabalho exaustivo das equipes de 77 brigadistas do Ibama, ICMBio, Grupo Ambiental do Torto e Brigada voluntária de Tejuco, além de quatro aviões Air Tractor, um helicóptero operando na área e três carros-pipas. Também reforçaram esse trabalho cinco servidores do Ibama e ICMBio no comando da operação, dez funcionários da Prefeitura de Sento-Sé, dois voluntários do Pró-carnívoros e cinco do Cemafauna.

O incêndio foi detectado pelo satélite no dia 28 de agosto, e controlado em duas semanas de trabalho intenso das equipes em terra e no ar. O controle das chamas foi feito no último dia 10, mas o ICMbio disse que as chamas poderiam ressurgir. Foi o que aconteceu na última quinta-feira (13). Durante o sobrevoo de avaliação da área foi detectado outro incêndio, distante aproximadamente 35 km do primeiro, mas no fim de semana foi eliminado.

Indícios

Os dois casos têm algo em comum: indícios da ação humana. No segundo caso, no entanto, foram encontrados “moradores” de futuros 15 lotes irregulares espalhados pela Caatinga (dentro e no limite do parque), barracas, bicicleta, cachorros, além de animais para consumo humano.

O Parque

O Parque Nacional Boqueirão da Onça é uma das unidades mais recentes a ser criada pelo ICMBio – em abril de 2018. Sendo assim, este é o primeiro incêndio na área como unidade de conservação. O parque faz parte de um mosaico de unidades, que inclui ainda a Área de Proteção Ambiental (APA) de mesmo nome. O local abriga espécies ameaçadas como a onça-pintada e a arara-azul-de-lear, além de animais típicos da caatinga como tatu-bola, porco-do-mato e tamanduá-bandeira.

Parte da equipe que trabalhou no combate às chamas. (Foto: Ascom PMSS/Divulgação)

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