Ibama apreende veado-catingueiro em São Raimundo Nonato e entrega ao Cemafauna

por Carlos Britto // 06 de março de 2015 às 14:32

veadoEsta semana chegou nas instalações do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna), um dos 38 programas básicos ambientais do Projeto de Integração do São Francisco (PISF) com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional promovido pelo Ministério da Integração Nacional,  uma jovem fêmea da espécie Mazama gouazoubira, conhecida popularmente como veado-catingueiro.

O animal foi apreendido pelo Ibama em uma fazenda da cidade de São Raimundo Nonato (PI), encaminhado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela gestão do Parque Nacional da Serra da Capivara onde ficou sob os cuidados da pesquisadora Niède Guidon da Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM) até chegar em Petrolina, no sertão pernambucano, onde há a estrutura para receber animais, reabilitá-los e devolvê-los à natureza.

De acordo com a médica veterinária Gabriela Felix, o indivíduo aparenta quadro clínico normal e por ter sido criado entre humanos é bastante dócil, o que dificulta sua reintrodução à natureza, tornando-o uma presa muito vulnerável tanto de caçadores como de outros animais. “Provavelmente a mãe foi morta e ela foi encontrada ainda bebê pelo pessoal da fazenda. Não temos previsão de como será a readaptação, mas caso não possa mais voltar à vida selvagem ela será encaminhada para alguma instituição de conservação de fauna ou pesquisa“, afirma.

Curiosidades sobre o veado-catingueiro

É uma espécie que habita quase todo o Brasil, sendo a mais abundante entre os cervídeos brasileiros, ocupando savanas, campos, florestas e caatingas. No entanto, no bioma caatinga está se tornando um animal raro e sua coloração é mais opaca para camuflagem. Seus hábitos são diurnos e quando adulto se alimenta de vegetais e frutos onde a pastagem é menos farta. (foto/divulgação)

Ibama apreende veado-catingueiro em São Raimundo Nonato e entrega ao Cemafauna

  1. Fátima Soares disse:

    Já que ele não se adapta na mata, ao invés de doarem pra outra pessoa, porque não devolvem para o antigo dono? Assim como os seres humanos, os animais também sentem saudade. Tirar do atual dono e doar pra outra pessoa, é muita maldade! Pelo que li, o animal estava numa fazenda. Assim sendo, tem espaço suficiente para ele correr.

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