Uma simples homenagem de autoria da vereadora Maria Elena (UB) rendeu um grande mal-estar na sessão plenária de ontem (27) da Câmara de Vereadores de Petrolina. O centro da polêmica foi o carnavalesco Geraldo Pontes, vencedor do concurso de fantasias do último baile municipal da cidade, na categoria Luxo, com o personagem “Iemanjá, a Rainha do Mar”.
Toda a bancada evangélica – formada pelos vereadores Diogo Hoffmann (UB), Dhiego Serra (PL), Josival Barros (Republicanos) e Roberto da Gráfica (DC) – decidiu se abster de votar o Requerimento 062/25 da vereadora, concedendo uma Moção de Aplausos ao carnavalesco.
Líder da bancada de oposição, o Professor Gilmar Santos (PT) criticou o posicionamento dos colegas de Legislativo. Para ele houve “discriminação e homofobia” com o carnavalesco pelo fato de Pontes ser gay. Hoffmann não gostou e rebateu, justificando que representa um segmento em Petrolina que não aprecia eventos como o Carnaval. Sem citar diretamente o nome do Professor Gilmar, o líder governista lamentou que “um vereador da Esquerda na Casa não aceite opiniões contrárias”.
Contrariada
Idealizadora da homenagem, Maria Elena ouviu atentamente as justificativas de Hoffmann e demais integrantes evangélicos, mas discordou. Apesar de respeitar, ela disse ter recebido “com certa estranheza” o posicionamento dos evangélicos. “Eu tenho entendimento que nós somos vereadores de Petrolina. Eu não sou vereadora da Igreja Católica, não sou vereadora só das mulheres. Estamos dando uma moção de aplausos a um artista renomado. A um homem de 70 anos (de idade), que tem 50 anos militando (na cultura). Um professor de artes, de dança, laureado tantas vezes, inclusive em Paris”, desabafou.
A celeuma foi tamanha que até o vereador Marquinhos Amorim (Republicanos), que inicialmente também tinha declarado sua abstenção, voltou atrás e apoiou a moção de aplausos. A proposta da vereadora foi aprovada por 18 votos a zero.
A descriminação religiosa, cor, status social entre outras é uma doença. Os vereadores evangélicos são hipócritas, defendem políticas de segregação para as minorias, acham que são superiores por causa da conversa mole restrita na igreja deles. Uma vergonha tamanha falta de respeito. Temos que nos livrar deste discurso de ódio do nazifascismo, passamos do século 19.
É pra isso que é usado o dinheiro do contribuinte, para discussões infrutíferas, enquanto a cidade está às traças.
Vergonhosa essa abstenção
E a saúde como fica?
O que acham esses vereadores evangelico quando fizeram arminhas com as mãos em homenagem a Bolsonaro dentro de uma igreja evangélica.? Não vi nenhuma moção de desafateo.
O estado e laico, então os vereadores não pode simplesmente votar e optar o que determina a religião. Os vereadores estão representando o povo, todos tem uma posição se gosta ou não de carnaval, e uma opinião de cada um. Porém o tema em debate e outro, o reconhecimento de trabalho do artista.
É vergonhoso o desrespeito ao trabalho do professor Geraldo que tirou tantos jovens da rua, deu dignidade ,moral e respeito desde o projeto segundo tempo até mesmo a bolsa integral na sua escola de balé sou ex aluna do mesmo e afirmo que é um visionário no seu tempo ,arteducador da mais alta categoria sou muito grata a ele por tudo o que fez e tudo o que representa na minha .
Deviam votar em coisas mais relevantes… vergonha é essa votação…tudo hoje é preconceito…