A polêmica sobre a quebra de convênio da Prefeitura de Petrolina com a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) gerou um manifesto público, esta semana, encabeçado por um grupo de médicos e enfermeiros residentes no Hospital de Urgências e Traumas (HUT).
O grupo critica o fato de, por conta da quebra de convênio, o Programa de Residência em Traumatologia e Ortopedia do HUT seja transferido para Juazeiro. Confiram, na íntegra, o teor do manifesto:
Carta Aberta
Att:
Usuários do Sistema Único de Saúde,
Comunidade acadêmica,
Gestão municipal,
Imprensa,
Diante dos atos intervencionistas e unilaterais por parte da Prefeitura Municipal de Petrolina, por intermédio da Fundação Estatal Municipal de Saúde – FEMSAUDE, junto ao Hospital de Urgências e Traumas – HUT, que descumpriram o convênio 77/2009 firmado entre aquela e a Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF e culminaram com a mudança de domicílio do Programa de Residência Médica em Traumatologia e Ortopedia do HUT para o município de Juazeiro – BA, nós, médicos e enfermeiros residentes da UNIVASF, nos posicionamos em defesa dos nossos programas de especialização.
Defendemos que por ser serviço de referência na assistência a saúde de média e alta complexidade para Petrolina e cidades circunvizinhas, por contar com preceptoria acadêmica capacitada e programas de residências já implementados e voltados à excelência do binômio assistência-ensino, o HUT seja o cenário de nossas atividades. Somos contrários, portanto, a quaisquer mudanças de domicílio de nossos programas.
Caso se configure essa leva já iniciada com a Ortopedia, como exposto, a perda maior será vislumbrada na assistência hoje prestada no HUT. Os programas de residência fornecem atualmente oito enfermeiros e onze médicos, remunerados pelo Ministério da Educação por intermédio da UNIVASF, ao corpo clínico desse hospital. Em 2012, com a entrada de novos residentes, esse número mais que dobrará, passará então dos atuais dezenove para quarenta e um profissionais. Além disso, professores e técnicos da universidade são cedidos à assistência como parte desses programas. Usufruem ademais, população e corpo clínico, de instrumentos médico-hospitalares, patrimônios da União, instalados nas dependências do HUT. A saída desses programas significa a retirada de todo esse material humano e físico. É concludente, portanto, que a qualidade da assistência prestada sofrerá irreparável depreciação, refletindo em toda rede de saúde SUS por nós assistida.
Apesar de determinante, todavia, a mera permanência dos programas de residência no HUT não é condição única. O cumprimento do acordo bilateral firmado entre a UNIVASF e a Prefeitura Municipal é pilar no funcionamento adequado da assistência-ensino. Desse convênio, destacamos dois pontos cruciais: a autonomia universitária na gestão de seu mecanismo prático de ensino, cabendo-lhe a incumbência gerencial administrativa e técnica de forma plena, e o repasse de 2 milhões de reais mensais acordados e acrescidos dos 6 milhões\ano, na forma de 500 mil mensais, previstos na portaria de número 2734|MS de 11|11|2009. Tais medidas, além de restabelecer a legalidade da gestão pactuada, atribuem à gestão hospitalar de ensino a quem ela pertence pelo princípio constitucional da autonomia universitária.
Reiteramos, por conseguinte, que defendemos veementemente a permanência dos programas de residência médica e multiprofissional no HUT, sendo esse gerido sob o pleno cumprimento do convênio 77|2009 em especial no que tange a autonomia de gerencia administrativa e técnica e ao repasse dos recursos acordados bilateralmente.
Por um SUS pleno e fomentador de conhecimento, abaixo assinamos.
Antônio Henrique Almeida da Cunha/Médico Residente de Clínica Médica
Antônio Rafael de Oliveira Brito/Médico Residente de Cirurgia Vascular
Aridiana Paula Neris Mudo/Enfermeira Residente de Urgência e Emergência
Bruna S. Almeida Spíndola/Médica Residente de Cirurgia Geral
Caio Petrus/Médico Residente de Traumatologia e Ortopedia
Carlos Barros Correia/Médico Residente de Cirurgia Geral
Caroline Alencar Amorim/Médica Residente de Cirurgia Geral
Cecília Coelho Xavier/Enfermeira Residente de Urgência e Emergência
Erick Diego Pereira de Oliveira/Enfermeiro Residente de Urgência e Emergência
Francisco Willame Noronha C. Castelo/Médico Residente de Traumatologia e Ortopedia
Geysa Maria de Sá M. Leandro/Enfermeira Residente de Urgência e Emergência
José Correia Saraiva Junior/Médico Residente de Neurocirurgia
Livya S. Bezerra de Lima/Médica Residente de Clínica Médica
Lucyo Flávio Bezerra Diniz/Médico Residente de Clínica Médica
Márcio Felipe Bastos Coelho/Enfermeiro Residente de Urgência e Emergência
Nathália Havana Nunes Coelho/Enfermeiro Residente de Urgência e Emergência
Renata Gomes Sá/Médica Residente de Clínica Médica
Sâmia Letícia Ribeiro Lima/Enfermeiro Residente de Urgência e Emergência
Sheila Cristiane Evangelista Creôncio/Enfermeiro Residente de Urgência e Emergência
Esperamos que a presidente da camara de vereadores de Petrolina,maria elena, se pronuncie sobre esse absurdo.Ficaremos na expectativa .No aguardo, Yolanda Silveira.
A população de Petrolina tem que se manifestar!
Já chega de arbitrariedade dessa gestão municipal. Esse gestor só sabe fazer besteira!
é muito claro ver que é gente que não está mais mamando nas tetas da prefeitura que está fazendo esse manifesto. Porque não pensam primeiro no povo antes de reivindicarem seus interesses pessoais.
O povo deve estar em primeiro lugar, senhores médicos e estudantes. Pesem no povo, pois somos nós quem pagamos os seus salários. Voces são servidores do povo. Falei e disse.
Caro Silvano, em nenhum momento os residentes mamaram em tetas de quem quer que fosse. Ralam 60h semanais com salários baixos, em busca simplesmente de aperfeiçoamento técnico, sem aspirações políticas e com data marcada para terminar. O salário é pago pelo MEC, sem ônus para prefeitura, e continuará sendo caso eles estejam em Petrolina ou Juazeiro. Quem mais perde com essa quebra de convênio são os residentes, e logo em segundo lugar é a população, que perde alguns de seus médicos e enfermeiros mais estudiosos, compromissados e dedicados.
meu deus que comentario imbecil
É uma vergonha o que esse prefeito vem fazendo com a nossa cidade.
Silvano, vc não leu a carta não?
É o Ministério da educação quem paga pela resid~encia e não aprefeitura. Eu acho que p vc é muito cansativo qdo tem reportagem longa.kkkkkkkk
Silvano, você disse o óbvio, só os tolos não veem isso.
Quanta ignorância. Toda essa confusão não está sendo causada por estudantes, nem pelos programas de Residência Médica. Esses estão sendo vítimas nessa história, tanto quanto o povo está sendo. A culpa está nas autoridades, municipais e universitárias, que parecem não se entender. A Univasf chegou para QUALIFICAR o sistema de saúde da região, ou vão me dizer que ninguém notou melhorias na assistência à saúde do município nos últimos anos? Vale lembrar que a QUALIDADE do ENSINO em SAÚDE vai influenciar diretamente no TIPO de PROFISSIONAL de SAÚDE que queremos nos atendendo. Se a população quer médicos e enfermeiros de qualidade no serviço de saúde, por favor, abrace também essa causa!
Ademais, Silvano, estudante não mama em lugar nenhum, e os Residentes são bancados por verba do programa PRORESIDÊNCIA, o qual é fruto de uma parceria dos Ministérios da Saúde e Educação. Estudantes de saúde e Residentes fazem parte e são frutos de uma causa muito maior do que a mesquinhez política vigente nessa cidade.
Silvano, estudante não mama em lugar nenhum, e os Residentes são bancados por verba do programa PRORESIDÊNCIA, o qual é fruto de uma parceria dos Ministérios da Saúde e Educação. Estudantes de saúde e Residentes fazem parte e são frutos de uma causa muito maior do que a mesquinhez política vigente nessa cidade. Se quisermos saúde de qualidade, esse pessoal – estudantes e residentes – tem que ter uma formação de qualidade e sem esse tipo de instabilidade. O povo é tão vítima quanto estudantes e residentes nessa história. A culpa é dos gestores municipais e universitários, que parecem não se entender. A Univasf está aí para qualificar a saúde da região, juntamente com a Upe. Parem e reflitam sobre quanto avançou a saúde em Petrolina depois dos cursos de Saúde da Univasf e Upe. Vamos nos informar melhor antes de sair falando qualquer coisa em público.
Mais uma tragédia da administração municipal. A ida destes jovens médicos para Juazeiro reforça a ida do curso de medicina também, que sempre foi uma luta de nosso povo. Até quando vamos aguentar isso? Ninguem faz nada? É mais uma tragédia anunciada para a população que necessita tanto da boa medicina. Quem vai resolver o impasse? a UNIVASF, a prefeitura ou o povo? INTERVENÇÃO JÁ DO MINISTERIO DA SAUDE…..
Univasf está trocando 6 por meia dúzia.
O monumento da besteira não exite aqui em Petrolina. Aquele lá, no entroncamento da Av. Mons. Ângelo Sampaio com a Av. da Itegração, é oficialmente chamado de Monumento da Integração.
Senhores vereadores, aprovem um projeto de construção do Monumento da Besteira em Homenagem ao Prefeito Júlio Lossio e este grupo ai de Médicos. Nada mais justo!
”Falou e disse” e demonstrou sua total ignorância Sr. Silvano! Antes não comentar, a falar sobre o que não se sabe, aprenda isso. Para o seu conhecimento, os autores desse manifesto são Residentes e estudantes que não ganham nada para atender a população e fazem isso porque defendem cuidar das pessoas, e para isso se tornaram médicos e enfermeiros. Defedem apenas sua permanência no HUT, que atende Petrolina e diversas cidades da região! Imagine o seria de toda região se HUT deixasse de atender a toda essa quantidade de pessoas que precisam do seu serviço?! Esses autores estão FORA de qualquer desentendimento que levou o hospital a estar nessa situação. Defendem apenas sua permanência lá! Gostaria também que o senhor aprenda a RESPEITAR os médicos, pois se o senhor nunca precisou de um, provavelmente precisará e os médicos de amanhã são os mesmos que hoje, estão defendendo a parmanência do hospital como referência em toda região!!!
Espero ter esclarecido o objetivo desse manifesto.
”A marca de sua ignorância é a profundidade da sua crença na injustiça e na tragédia. O que a lagarta chama de fim de mundo, o mestre chama de borboleta”.
Entendeu?
Vai ver que o Sr. Silvano não precisa de Hospital público, do SUS e nem de plano de saúde, ele deve fazer parte da minoria dessa cidade que tem bastante dinheiro para quando precisar de médico vai para Recife ou Salvador que são mais perto, dependendo da urgência e se não for urgente vai para São Paulo ou exterior, por isso é que ele está escrevendo isso.
Pessoas como este Silvano poderiam escrever para os senadores e pedir extinçao de mestrado e doutorado, ou entao que nao existisse mais escola publica, ou melhor, que nao existisse servico publico de saude…
Pensamentos minusculos, imaturos e sem fundamentos.
Programas de especializacao, residencia e pos-graduacao servem para melhorar o profissional que esta em formacao e com isto, melhorar o retorno que ele podera ter para a sociedade.
Sr. Silvano, entristece-me vossa ignorância. Nós médicos e enfermeiros residentes não somos profissionais da prefeitura. Não recebemos salário. Recebemos apenas uma bolsa do ministério da educação. Portanto, como já foi dito, não mamamos em ninguém. Pelo contrário, na maioria dos casos somos utilizados pela gestão como mão de obra barata e qualificada. Caso o sr consiga ler até aqui, reflita e pare de agredir as pessoas com esse seu palavreado baixo e injusto.
Apesar de triste, não fico surpreso com a sua posição. É por causa de pessoas como o sr que temos esses governos exploradores nosso país.