Gestor da Compesa em Petrolina diz que altas temperaturas colaboram para estouramentos e admite: “É mais fácil administrar cidades com pouca água”

por Carlos Britto // 03 de dezembro de 2019 às 19:33

Foto: Blog do Carlos Britto

O gerente regional da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) em Petrolina, João Raphael de Queiroz, admitiu que a as altas temperaturas da cidade contribuem para os recentes vazamentos nas tubulações de abastecimento d’água na cidade – a exemplo daquelas da semana passada nas Avenidas da Integração e Monsenhor Ângelo Sampaio. O problema interrompeu o fornecimento em 23 comunidades.

Ao Programa Carlos Britto na Rural FM, nesta terça-feira (3), o gestor explicou que na época do forte calor, como agora, a Compesa é obrigada a fazer uma operação inversa do que aquela no clima mais frio. “No período mais frio a gente tem que regular o nosso sistema, diminuir vazões, diminuir pressões para evitar o estouramento. Quando a temperatura aumenta, é o contrário. Tem que aumentar a vazão de produção, os limites de pressão das válvulas para que a gente possa melhorar o abastecimento da população. Então a gente vive nesse fio da navalha”, afirmou.

Aproveitando para responder a questionamentos de vários ouvintes, João Raphael reconheceu os problemas, mas reiterou o compromisso da Compesa com investimentos em melhorias na rede de abastecimento. Ele explicou que a Companhia dividiu, na década passada, a cidade em ‘distritos’. Na prática a medida consistiu na implantação de novas redes de abastecimento, para que se pudesse chegar na entrada de cada microrregião dessas e colocar uma válvula que reduz a pressão. “Quando você reduz a pressão na rede, você minimiza os estouramentos”, argumentou. O gestor salientou, no entanto, haver outros fatores que contribuem para o problema, como os caminhões pesados que danificam a pavimentação asfáltica e atingem a tubulação.

Sobre as críticas, João Raphael mostrou-se tranquilo e garantiu que é mais fácil administrar uma cidade com pouca água, porque a população está preparada. Como exemplo ele citou Caruaru (no Agreste), que era abastecida pela Barragem de Jucazinho, mas está atualmente seca. Atualmente, o fornecimento é feito pela Barragem do Prata, a 40 quilômetros, e precisa ser controlada pelo fato de ser menor que Jucazinho e também corre o risco de secar. “Hoje Caruaru está há 15 dias sem água, e se você atrasa um, dois dias, a população está preparada. Em Petrolina você tem abastecimento todos os dias, e se você interrompe para fazer um conserto de três, quatro horas, a população já reclama. Imagine, então, o problema que a gente enfrentou na semana passada, que foram dois dias sem água na cidade”, concluiu.

Gestor da Compesa em Petrolina diz que altas temperaturas colaboram para estouramentos e admite: “É mais fácil administrar cidades com pouca água”

  1. Ricardo disse:

    Você liga faz protocolos e nada e feito .
    O centro a falta de água e diária .

  2. Aquoso disse:

    Esse aí é um incompetente… as tubulações ficam a poucos centímetros do chão e o cara me vem com desculpa esfarrapada

  3. Petrolina Avança disse:

    Pq então qd o prefeito disse que ia botar a Compesa pra fora, ele praticamente implorou pra ficar na cidade??? Agora fica desdenhando. Aqui não é Caruaru amigo, aqui é Petrolina e o serviço realizado nessa cidade é péssimo, pois todo santo dia falta água. Tem sempre que fechar pra fazer conserto. Que tanto conserto é esse? Essa reincidência toda é pq o serviço foi mal realizado né?
    Mentiroso. 🤬

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Últimos Comentários

  1. Tem que desapropriar o imóvel onde ficava a casa da criança, atrás do regente, para fazer um terminal de ônibus.

  2. Deu lugar ao mercado turístico? Por que deram esse nome? Bom, acho que já mudou, mas era melhor ser chamado…