O gerente da Unidade de Negócios da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) em Petrolina, João Raphael de Queiroz, foi cauteloso em relação a uma possível contaminação do Rio São Francisco devido à tragédia ocorrida em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). Em entrevista à imprensa, João reiterou declarações de especialistas, afirmando que as Barragens de Baixo Retiro e Três Marias têm como impedir que os rejeitos de mineração da empresa Vale atinjam o Velho Chico.

Ele afirmou também que mesmo que isso venha a causar um impacto ambiental na região, não será da noite para o dia.

“Isso leva um tempo longo. Estamos observando qual será o impacto ambiental (…) estamos atentos às divulgações para avaliar o que será feito em Petrolina. No momento, pelos próximos dias, não teremos impacto algum. É realmente aguardar o resultado da avaliação desse impacto para podermos tomar novas providências”, declarou.

Na última sexta-feira (25), a Barragem de Brumadinho – pertencente à Vale – se rompeu, liberando grande quantidade de rejeitos de minérios. O Rio Paraopeba, um dos principais afluentes do Rio São Francisco, corre o risco de ser atingido pelo material. A tragédia já tem confirmados, até o momento, 99 mortos. Outras 259 pessoas ainda estão desaparecidas.