No mês em que se comemora o Dia Mundial da Água, celebrado neste domingo (22), o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) aproveitou o espaço na tribuna esta semana para tratar sobre a falta de investimentos em obras hídricas estratégicas. Segundo ele, é preciso que o governo abra mão de uma nova etapa do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para tomar como prioridade as obras do PAC 1 e 2 que ainda estão pendentes de conclusão.

Entre essas obras, está a transposição do Rio São Francisco. Além de cobrar mais celeridade, o senador chamou a atenção do Governo Federal para as obras complementares ao projeto, como os ramais do Agreste e de Entremontes, em Pernambuco, que ainda aguardam o lançamento de editais.

“Na minha região, por exemplo, as obras da transposição do Rio São Francisco precisam ser aceleradas. Trata-se de um dos maiores projetos de integração de bacias hidrográficas do mundo. Aproveito para, mais uma vez, solicitar do Governo Federal a adoção de medidas para agilizar os procedimentos necessários aos lançamentos dos editais e contratação das obras dos ramais do Agreste e de Entremontes, em Pernambuco”, disse.

A proposta da transposição é garantir a segurança hídrica a 12 milhões de habitantes, em 390 municípios, nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, com extensão de 477 km organizados em dois Eixos de transferência de água – Norte e Leste. Segundo dados do Ministério da Integração Nacional, o empreendimento apresenta 73% de execução física, sendo certo que o Eixo Leste conta com 71% de execução e o Eixo Norte com 74%.

Sem improvisos

Ainda em seu discurso, o parlamentar defendeu mais recursos para construção de barragens no Agreste, na Zona da Mata Norte, novas adutoras, sistemas de abastecimento na zona rural e o Canal do Sertão Pernambucano.

Fernando cobrou ainda a contratação de projetos estratégicos que garantam a segurança hídrica do país, sem improvisos. “Solicito ao Governo Federal que sejam destinados recursos da ordem de R$ 2 bilhões para a contratação de projetos estratégicos de reservação e adução de água para fazer frente às necessidades do país, de sorte que possamos ter uma carteira nacional de projetos, evitando os improvisos atualmente existentes”, ressaltou.