FBC cita Eduardo para justificar novos rumos no PSB: “Ele não fazia política olhando pelo retrovisor”

por Carlos Britto // 16 de agosto de 2015 às 13:21

FBC posse miguelUm dos principais nomes do PSB em Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho evitou críticas a outra liderança de peso no partido, Gonzaga Patriota, o qual se mostrou visivelmente aborrecido por ter perdido a presidência da comissão provisória socialista em Petrolina.

Durante o ato de posse do seu filho, Miguel Coelho, na Câmara de Vereadores na última sexta (14), como novo presidente da comissão, FBC fez questão, inclusive, de agradecer Gonzaga pelo trabalho nos 23 anos em que esteve à frente do PSB local. Mas evocou o líder maior do partido, Eduardo Campos (falecido num acidente aéreo em 2014), para justificar a reoxigenação do partido de agora em diante.

“Eduardo dizia que não fazia política olhando pelo retrovisor porque tinha os olhos postados no futuro. Queremos agradecer a todos que contribuíram para a grandeza do PSB até aqui. Mas precisamos inaugurar um novo tempo sem estar com as vistas no passado”, ressaltou.

Segundo o socialista, esse “novo tempo” passa uma “quebra” na polarização política do país, já defendida por Eduardo em sua campanha a presidente da República, interrompida pela tragédia. Fernando Bezerra ressaltou que esse será o caminho a ser seguido pelo partido, que terá o desafio de continuar a luta de Eduardo para ajudar o país da “grave crise econômica, política e ética” na qual está mergulhado. Ele ressaltou que a legenda será fortalecida ainda este ano, com a filiação da senadora Lúcia Vânia (de Goiás). “Estamos também conversando com outras lideranças que enxergam que o sonho de Eduardo deve ser levado adiante”, complementou.

Miguel

Enaltecendo a filiação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Petrolina, Francisco Pascoal ‘Chicou’, ao partido, Fernando reforçou que o ‘novo’ PSB pretende voltar a suas raízes, aproximando-se dos movimentos sindicais, em especial nas áreas rurais. Evitando comentar diretamente as divergências internas provocadas pela nomeação de Miguel em Petrolina, ele declarou ser perfeitamente compreensível as lideranças de um partido que tem atualmente 50 prefeitos em Pernambuco quererem estar à frente do PSB num momento tão desafiador.

Disse que um dos maiores desafios do seu filho, como novo presidente da comissão, é manter os socialistas unificados em Petrolina. E mencionou outra grande figura socialista, o ex-governador e avô de Eduardo, Miguel Arraes, para reforçar sua tese. “Arraes costumava dizer que é importante unir as lideranças no palanque, mas o mais importante é unir todo o povo que está embaixo do palanque”.

FBC cita Eduardo para justificar novos rumos no PSB: “Ele não fazia política olhando pelo retrovisor”

  1. ronaldo disse:

    O presidente do sindicato e nada e a mesma coisa

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