Aliado de primeira hora do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e do seu grupo político, o ex-prefeito  de Lagoa Grande (PE) Robson Amorim (PSB) vem se desdobrando numa dupla missão. A exemplo de 2014, quando pediu votos para o deputado federal Fernando Filho (DEM) e para o estreante Miguel Coelho (PSB), que disputava uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), este ano Robson tem um desafio semelhante. Enquanto Fernando Filho tenta o quarto mandato de federal, o estreante da vez é o irmão mais novo dele, Antônio Coelho (DEM), que vai em busca do seu primeiro mandato na Alepe.

A este Blog, o ex-prefeito assegurou que a missão não é tão árdua assim. Ele afirmou que historicamente Fernando Filho sempre foi bem votado em Lagoa Grande, graças não apenas ao apoio do seu grupo na cidade, mas principalmente pelos serviços prestados pelo parlamentar.

A exemplo de Miguel (hoje prefeito de Petrolina) na campanha estadual passada, Antônio Coelho entra leve e respaldado pelo currículo de ações realizadas pelo irmão mais velho e seu pai, FBC, em prol da população local. “Eles fazem um trabalho não apenas ajudando Lagoa Grande, mas os municípios da região, tanto na estrutura urbana quanto na rural”, justificou.

Segundo Robson, sua tarefa é ‘separar o joio do trigo’, ou seja, mostrar o trabalho realizado pelos aliados. “Tem muitos (candidatos) que se apresentam, que não têm nem propostas nem serviços prestados. E é importante que a gente possa chegar para população e mostrar quem honra os compromissos, quem busca os investimentos”, declarou. Em relação a esse quesito, o ex-prefeito enaltece o senador e seus filhos.

“Eu só apoio candidato que trabalha. Se eu votar nele uma vez, e ele não corresponder aos anseios do povo, dou um jeito de apoiar outro candidato. Não apoio ninguém por interesse financeiro, apoio por compromisso. Eu escolhi a política como instrumento de transformação, e se não for para transformar, eu não aceito”, ponderou. Sobre Antônio Coelho, Robson destacou que já mudou de deputados estaduais por estes não cumprirem o que prometeram. Por isso apoiou Miguel, há quatro anos, e mantém a convicção de que Antônio seguirá os passos do irmão. “Nessa família de Fernando, não se perde um. Eles têm o DNA da política”, afirmou.

Cenário para 2020

Perguntado se o resultado das eleições deste ano vislumbra a corrida municipal de 2020, Robson diz que sem dúvida o pleito servirá de “balizador”. Nome em potencial para disputar novamente a prefeitura, atualmente administrada pelo adversário Vilmar Cappellaro (MDB), o ex-prefeito frisa, no entanto, que uma análise mais aprofundada dos efeitos da atual conjuntura política sobre o cenário local só poderá ser feita a partir do próximo ano.