Os enfermeiros da rede municipal de Petrolina continuam na luta por melhores condições de trabalho e valorização profissional. As principais reivindicações da categoria incluem o reajuste do salário base e a criação do Plano de Cargos e Carreiras, demandas que já estão há anos em discussão com a Secretaria de Saúde, mas sem avanços concretos.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco (SEEPE) para o Estado, Ludmila Outts, a categoria enfrenta dificuldades na negociação com a gestão municipal. “Estamos com essa pauta desde o ano passado, mas alguns pontos já fazem mais de dois anos que tentamos negociar. A criação do Plano de Cargos e Carreiras é uma luta de três anos, e sequer conseguimos iniciar a discussão“, afirmou.
A diretora do SEEPE em Petrolina, Danielle Amaro, reforça que a ausência do plano afeta a progressão salarial e a valorização profissional. Diante desse cenário, Danielle Amaro destaca a necessidade urgente de um plano de carreira para garantir melhores condições de trabalho e estimular a permanência dos profissionais no município. “Tem enfermeiros com mestrado, doutorado e várias especializações que não recebem nenhum incentivo por isso. Em outros municípios, há planos que garantem bonificação por tempo de serviço e especializações. Aqui, um enfermeiro que entrou há dois anos ganha o mesmo que um profissional com mais de uma década de experiência”, pontuou.
Além da valorização da categoria, os enfermeiros também alertam para as condições de trabalho nas unidades de saúde, que enfrentam sobrecarga. “Muitos postos de saúde atendem uma demanda muito superior ao que é previsto pelo Ministério da Saúde. Há enfermeiros responsáveis por unidades que deveriam atender uma quantidade limitada de pacientes, mas que acabam absorvendo a demanda de bairros inteiros”, acrescentou Danielle.
Falta de avanços
Segundo Ludmila Holtz, apesar das inúmeras tentativas de diálogo com a gestão municipal, as respostas continuam vagas. “Fica só na promessa. Dizem que vão discutir, mas sempre adiam. Já faz mais de um ano que escutamos que na ‘próxima reunião’ a pauta será debatida. Enquanto isso, os profissionais seguem sem reajuste e sem perspectiva de valorização”, criticou.
Na ultima terça-feira (26), a categoria se reuniu com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para cobrar um posicionamento. Caso as reivindicações não avancem, os enfermeiros podem paralisar as atividades. “Se não houver progresso, a categoria deve organizar paralisações e atos mais incisivos para pressionar a gestão a atender nossas demandas”, concluiu a presidente do sindicato. Os profissionais aguardam uma resposta concreta para garantir melhorias salariais e estruturais, essenciais para o bom funcionamento da saúde pública no município.
Ainda o vereador Ronaldo Canção vem com essa conversa mole ultrapassada como ele de hospital universitário voltar para o município,como disse e digo o município não tem nem capacidade de manter o que já tem.
Cadê a nomeação dos enfermeiros aprovados em 2019 , deve ser por isso que existem unidades que sobrecarregam , poucos enfermeiros atuando , mas também falam ué tem muitos contratados atuando no serviço .