Inconformados com as declarações do presidente da Associação dos Músicos Independentes do Sertão de Pernambuco (AMISPE), José Laurentino, em matéria publicada pelo Blog nessa terça-feira (13), os músicos Igor Castro e Rose Gomes procuraram a reportagem nesta quarta (14) para dar a versão deles sobre o que foi relatado pelo presidente.
Na nota publicada ontem, Laurentino informou que associação não autoriza nenhum membro a realizar cobrança de taxas e valores e também comunicou que todas as pessoas que fizeram filiação, através de Rose e Igor, pudessem comparecer ao endereço deles para receber os valores recolhidos em nome da AMISPE. Ele pediu também que os dois devolvessem os materiais da entidade.
Em resposta, Igor e Rose afirmaram que não possuem nenhum vínculo com a AMISPE e relata “choque de percurso” com o presidente. Eles disseram não saber da existência da Associação, e com isso, iniciaram um processo de criação de outra organização. “No início deste ano, iniciamos o processo de criação de uma organização dos músicos de Petrolina, devido à imensa crise que se instalou na classe devido à pandemia. Muito tempo depois que descobrimos que já existia uma Associação“, declarou Rose.
Igor relatou que os 130 músicos que se juntaram a eles também não sabiam da existência da AMISPE e destacou dificuldade de encontrar um alinhamento com o presidente. “Após sermos informados da existência da AMISPE, nós tentamos juntar forças e caminhar juntos, já que o que queremos é lutar pela nossa classe. Mas não estamos conseguindo abertura. Portanto, vamos seguir caminhos opostos e reafirmamos que não temos vínculo com a Associação. Vamos continuar com nossa luta e legalizar essa nova entidade, que ainda não tem nome, e dessa forma cada músico irá escolher onde pretende ficar”, afirmou. A AMISPE existe há 9 anos e já teve o músico Joãozinho Maravinha como presidente em 2014. Atualmente, a entidade possui cerca de 30 associados, entre músicos regionais e integrantes da comissão.
