Uma polêmica declaração feita pelo prefeito de Petrolina Julio Lossio (PMDB) no início da semana, durante solenidade de entrega de novas unidades do Programa ‘Minha Casa Minha Vida’ na cidade, tirou do sério o vereador Geraldo da Acerola. Lossio disse à imprensa que, apesar de reconhecer o papel da presidente Dilma Rousseff em Petrolina, o PT – partido de Dilma e do vereador – teria cometido “erros demais”. Da tribuna da Casa Plínio Amorim, na sessão plenária da última terça (10), Geraldo da Acerola, devolveu na mesma altura as críticas, dizendo que também “foi um erro” do PT em ter ajudado Lossio.

À imprensa, o vereador afirmou que ao invés de agradecer as quase 10 mil moradias do programa do governo federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, que Lossio “teve o privilégio” de entregar em Petrolina, mais as 500 unidades do Residenciais Novo Tempo I e II, na última segunda (9), ele faz justamente o contrário.

Geraldo diz que erro por erro, o PMDB de Lossio também cometeu graves equívocos, a começar pelo presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, “um ladrão” – segundo ele. “Sem falar em tantos outros políticos do partido do prefeito, que foram expulsos por desvio de recursos públicos”, disparou. O vereador lembrou ainda ter ajudado a viabilizar R$ 250 mil para a gestão construir o mercado orgânico, que ainda não saiu do papel, além de R$ 610 mil para implantar o posto de saúde do N-9 do Perímetro Senador Nilo Coelho. “Ele não tinha o projeto pronto e teve de cadastrar esses recursos em outro posto de saúde”, revelou. Geraldo disse ainda ter conseguido outros R$ 610 mil para uma praça na Avenida da Integração, junto ao ex-deputado João Paulo, além de perfuração de poços.

“Tudo isso foi ‘erro’ do PT, erro porque o prefeito não reconhece essas políticas voltadas para melhorar a qualidade de vida do povo de Petrolina”, alfinetou. Geraldo aproveitou para rebater os rumores de que o partido estaria muito mais antenado com o governo municipal do que com a oposição, pela qual ele e sua colega Cristina Costa foram eleitos. “Não estamos atrelados ao prefeito. Temos uma postura independente, de autonomia do nosso mandato. Se o prefeito enviar projetos para beneficiar o povo, votamos a favor. Mas também votamos contra se não for de interesse do povo”, ponderou.