A eleição estadual caminha para ser resolvida no primeiro turno, salvo sobrevenha algo surpreendente, imprevisível. É o que mostra a última rodada da Pesquisa Folha/Ipespe realizada nos dias 3 e 4 de outubro, em que o incumbente Paulo Câmara (PSB) abre 15 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, Armando Monteiro (PTB); o que significa, considerando ainda a reduzida intenção de voto nos demais competidores, 56% de votos válidos.

Caso essa tendência se confirme nas urnas no domingo (7), selará a bem sucedida campanha do atual governador, cujo principal mérito foi conseguir alavancar a avaliação da sua administração, que dos 45% de aprovação em meados de agosto chega a 52% nas vésperas do pleito. Ou seja, parece ter cumprido bem o dever de casa, de convencer o eleitor de que merece permanecer mais 4 anos no comando do estado.

Outro fator importante que ajuda a explicar a vantagem de Paulo Câmara é a manutenção da sua rejeição em patamar estável, até mesmo com leve inclinação de queda (47% na primeira rodada de pesquisa em agosto e 45% agora). Diferentemente, o adversário Armando Monteiro experimentou aumento de 14 pontos na rejeição (38% x 52%) no mesmo período. Ponto, novamente, para a comunicação de Paulo Câmara.

Por falar em comunicação, os eleitores atribuíram a Paulo Câmara melhor desempenho em relação a Armando Monteiro, tanto na televisão e no rádio (diferença de 15 pontos pró-Paulo) quanto nas redes sociais (diferença de 10 pontos), percepção ainda maior entre as mulheres. Também deve-se mencionar o peso que os apoios jogaram nessa disputa polarizada, em especial a força do ex-presidente Lula que também se reflete na escalada em Pernambuco do seu candidato a presidente, Fernando Haddad (PT), que saiu de 27% para 44%. No contingente de menor escolaridade, Haddad tem a preferência de 52% dos eleitores.

Senador

Já na eleição binominal para senador, ambos os primeiros colocados – Jarbas Vasconcelos (MDB) e Humberto Costa (PT), apresentaram crescimento de 4 pontos percentuais em relação à medição anterior, mantendo o empate técnico no limite das respectivas margens de erro. Quanto ao terceiro, Mendonça Filho, teve pequeno incremento nas intenções de voto, tendo-se ampliado a distância em relação ao candidato petista. Considerada a hipótese de segundo turno, Paulo Câmara aparece na dianteira com 57% de votos válidos contra 43% de Armando Monteiro. Agora é aguardar o ânimo do eleitor, se mais suscetível a uma decisão já no próximo domingo ou se preferirá adiá-la para 28 de outubro.