Em evento promovido pelo TCU, Rui Costa afirma que Rio São Francisco precisa de sobrevivência autônoma

por Carlos Britto // 12 de agosto de 2016 às 06:40

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), retornou a Brasília para levar suas considerações sobre a vida de um dos rios mais importantes do País: o São Francisco. A explanação aconteceu durante um encontro promovido pelo Tribunal de Contas da União, intitulado, ‘Diálogo Público: Revitalização do São Francisco’, realizado ontem (11), na sede do órgão.

Ou construímos uma governança que envolva poder público, sociedade civil, produtores, proprietários de terra, ou vamos viver dos ‘soluços’ de investimentos federais que, por mais importantes que sejam, não asseguram de fato a preservação das águas do Velho Chico, condenando-o a um fim rápido“, afirmou o governador.

Além do alerta, Rui apontou caminhos. De acordo com ele, a principal ideia é que parte do lucro que os usos da água proporcionam seja devolvida ao rio em ações de revitalização e manutenção. “Quando se fala em recuperação, é preciso garantir uma ação transversal. Precisamos desassorear o rio e prevenir para que não volte a ser assoreado“.

Outra sugestão é estruturar um novo marco legal que torne a bacia hidrográfica do Velho Chico sustentável, o que depende do poder Legislativo nacional. Rui disse ainda que não basta fiscalizar. “Este não pode ser o motor e modelo do desenvolvimento. Que possamos pactuar um modelo de governança para o São Francisco“, disse.

Uso da água 

O governador também propôs que seja instituída rapidamente a cobrança do uso da água. “Não pode ser punição“, enfatizou, ao exemplificar que se a água será para gerar energia, parte dos recursos oriundos do lucro deve garantir a revitalização do rio. O painel ‘Como assegurar água para usos múltiplos na Bacia do São Francisco?’, teve a participação de outras autoridades, todas sob moderação do ministro substituto do tribunal, Marcos Bemquerer Costa. (fonte:Secom-BA/foto: Camila Peres/divulgação)

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