Em encontro do G52, ministro defende mais recursos hídricos para diminuir desigualdade regional

por Carlos Britto // 21 de março de 2022 às 20:00

Foto: MDR/divulgação

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, destacou, nesta segunda-feira (21), a importância de promover o crescimento econômico e social nas regiões menos desenvolvidas do País para alcançar um patamar mais alto de desenvolvimento. Um dos exemplos, segundo ele, está o investimento do governo federal para a melhoria das condições de vida e de produção no semiárido brasileiro.

Nesta segunda-feira (21), Marinho participou da abertura do 1º Encontro dos Municípios-Polo do G52. O evento é organizado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em Natal (RN), e segue com programação até esta terça (22).

O Nordeste brasileiro tem 28% da população, mas só 14% da renda bruta do País. É importante que todos sejamos mais ou menos iguais. Temos que fazer um esforço para permitir que as regiões menos desenvolvidas se aproximem daquelas que são mais desenvolvidas e que essas puxem as demais regiões para que tenhamos um País mais igual, mais justo. Um lugar melhor para se morar, melhor para se viver. Esse é o objetivo de todos nós“, afirmou o ministro.

Uma das ferramentas para a promoção do desenvolvimento, de acordo com o titular do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), é o aumento da disponibilidade hídrica. A Pasta vem atuando para permitir que a população da Região Nordeste tenha acesso à água em quantidade e qualidade. Entre as realizações estão a conclusão de obras, como o eixo norte da transposição do Rio São Francisco, o andamento de obras acessórias aos canais e a construção de sistemas dessalinizadores de água e de adutoras para o transporte dos recursos hídricos para o atendimento da população, entre outros.

O nosso grande problema sempre foi a dificuldade de acesso à água no Semiárido nordestino, onde moram quase 30 milhões de pessoas. A falta do acesso à água faz com que essa região passe por um processo de empobrecimento e vede o acesso à transformação que todos nós queremos”, destacou Marinho. “Porque a indústria só se instala quando tem água. Porque o comércio e a logística só acontecem se tiver água. Porque a saúde só é descomprimida quando há água tratada de qualidade, pois isso permite que melhore a qualidade de vida das pessoas. A mortalidade infantil é combatida com água de qualidade. A água é vida e é indutora do desenvolvimento“, reforçou.

G-52

O G-52 reúne os 52 municípios que integram a rede de cidades intermediárias criada pela Sudene para viabilizar a interiorização de ações de desenvolvimento regional. A proposta é criar oportunidades para parcerias e intercâmbios de experiências na gestão municipal, proporcionando aos participantes um ambiente de aproximação entre os municípios, entes federais, especialistas e instituições de fomento ao desenvolvimento regional em toda a Região Nordeste e norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Por Pernambuco, Petrolina integra o G52 ao lado do Recife, Serra Talhada e Caruaru; já pela Bahia, Juazeiro faz parte do grupo juntamente com Barreiras, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Irecê, Itabuna, Paulo Afonso, Salvador, Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista.

Em encontro do G52, ministro defende mais recursos hídricos para diminuir desigualdade regional

  1. Otavio disse:

    Sou matuto, caipira, caatingueiro ou Mazarope do Semiárido, conheço muito bem as necessidade nossas. Bastaríamos ter um pouquinho de água e com certeza não seríamos um estorvo para os Governos. Os Perímetros Públicos de Irrigação tem sido uma solução para onde são implantados, mas diga-se de passagem, solução para alguns, pois para muitos nativos, que tiveram de vender suas terras, onde com muita dificuldade vivia, mas sobrevivia, não tem sido solução. Longe de dizer que os Projetos de Irrigação não são bons para a Região, são sim muito bons, mas a Lei da Irrigação tem de olhar melhor para o homem nativo e não expulsá-lo da sua terra. Mas onde os Projetos de Irrigação não alcançam, a solução passa por Barragens e onde não houver condições de sem implantar nem pequena, nem média e grande Barragens, a solução barata e eficaz é sem dúvidas a implantação de várias Barragens Subterrâneas/superfície, com Poços Amazonas nos seus bojos e pequenos bombeamentos para abastecimento de uma caixa elevada, de onde se pode irrigar a até um hectare por gotejamento. Além dessa pequena irrigação, pode-se aproveitar as vazantes para o plantio de batata, batatinha, cenoura, beterraba, feijão etc. Não precisa dessalinizar a água do mar, isso a natureza já faz com muita perfeição e de graça. Faz também o transporte através das nuvens e despeja no Semiárido, no mínimo 200 bilhões de metros cúbicos todos os anos. Nesse ano de 2022 a natureza já despejou no Semiárido, mais de 700 bilhões de metros cúbicos e mais da metade dessa água volta exatamente para o mar. Vamos aproveitar essa água.

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