A falta d’água voltou a ser um dos assuntos mais comentados em Petrolina (se não for o principal assunto), após moradores de várias comunidades denunciarem que estão há semanas, e até mesmo meses, sem o líquido em suas residências. O fato levou o prefeito Simão Durando Filho a se posicionar, por meio de um artigo, afirmando que não aceitará que a principal cidade do Sertão “fique refém de carros-pipas”. O recado é direto para a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), gestora do serviço em Petrolina.
Confiram a íntegra do artigo:
Petrolina, às margens do Rio São Francisco, passa por um momento muito difícil, faltando água em diversos bairros da nossa cidade há várias semanas. São 350 mil pessoas sofrendo com rodízio e falta de água. Enquanto somos modelo de gestão para Pernambuco em diversas áreas, a Compesa vem na contramão. Não podemos e não ficaremos calados vendo o descaso dessa empresa matando a nossa gente de sede e afetando serviços essenciais como escolas, creches e postos de saúde. Está claro que Petrolina não é prioridade para essa empresa, serve apenas para arrecadar milhões.
A prefeitura já tentou fazer a concessão do abastecimento de água há mais de três anos, e o Estado sempre atrapalhou esse processo. Hoje, a população paga o preço. Estamos sendo rigorosos nessa luta. A Agência Reguladora de Serviços Públicos de Petrolina (Armup) multou a Compesa em mais de R$ 200 mil por tamanha incompetência. Mesmo assim, continuamos com o problema e sem nenhum retorno da empresa.
Acionamos o Ministério Público, houve uma reunião com o representante da Compesa em Petrolina, MP e Armup e ficou definido que seria assinado um TAC, Termo de Ajustamento de Conduta, em que a Compesa iria se comprometer em definir um prazo para resolver a situação e disponibilizar a água por um meio alternativo para a população, até que o serviço fosse resolvido. Mais uma vez a Compesa não enviou a documentação necessária para a formulação do TAC, ou seja, não respeita o povo de Petrolina.
Não cruzaremos os braços. Continuamos conversando com o Ministério Público e outras instâncias do poder público. Vamos seguir em frente, ao lado de nossa gente. Queremos água nas torneiras e não vamos aceitar que Petrolina fique refém de carros-pipas.
Simão Durando/Prefeito de Petrolina
O Prefeito tem toda razão no que se refere a incompetência da COMPESA. É simplesmente um absurdo você estar as margens do Rio São Francisco, na maior cidade do interior de Pernambuco, pagar a água mais cara, porque Petrolina tem que sustentar os Sistemas de Abastecimento D’água de outras cidades que são deficitários, e mesmo assim não ter água nas torneiras. Quanto a ser refém de carros pipas, o interior do Município sempre ficará, pois tem muitas localidades sem ser abastecidas pela COMPESA, Projetos de Irrigação, ou Sistemas Simplificados de Abastecimento D’água locais São Regiões cuja solução é a construção de Barragens Subterrâneas nos córregos e ou riachos, mais a construção de Poços Amazonas dentro de seus bojos, mais pequenos bombeamentos para reservatórios elevados. Com esse tipo de obras, onde forem implantados, o pessoal pode até pensar em irrigar uma área de meio hectare, além de aproveitarem as vazantes durante o ano inteiro.
Blá, blá, blá…… É só o que esses políticos sabem falar aqui em Petrolina.
Fernando Bezerra que é forte não resolveu, esse Simão vai resolver?
A questão é única: eles tem medo de mexer no bolso dos acionistas da compesa.
Se existe alguma empresa que manda em Petrolina, essa empresa se chama COMPESA. Pense num poder que essa famigerada empresa tem! Entra prefeito, sai prefeito, entra senador, sai senador, e ninguém consegue tirar essa enpresa daqui! Detalhe, a concessão do serviço pertence à prefeitura e mesmo assim ela não possui qualquer capacidade de fazer valer seu direito. Não adianta, a Compesa “toca o terror” mesmo, sabe disso, mas tá pouco se lixando para a opinião, reclamação, ou artigos na mídia como o que o prefeito divulgou. Nem mesmo o Ministério Público de Pernambuco, que até pouco tempo atrás, todo valentão, queria arrancar os filhos dos pais, porque estes, para prevenção de eventuais efeitos colaterais, recusavam-se a ministrar uma vacina experimental naqueles; frente à Compesa não vão além de apenas fazerem recomendações, como se isso fosse suficiente para a solução do problema. Os gestores dessa empresa publica devem estar morrendo de rir dessas “recomendações”, porque sabem que não vão cumprir, e sabem que nada vai acontecer com eles e nem com a empresa. Aguardando ansiosamente pelo dia em que alguém trará um fim para tantos desmandos, e não esperem por nenhum governador ou político da capital, se não aparecer alguém de coragem da nossa terra, pode esquecer qualquer solução.