Dr.Pérsio sobre polêmica da regularização fundiária: “Eles são muito bons em fazer pressão psicológica”

por Carlos Britto // 03 de fevereiro de 2016 às 08:20

dr pérsio

Após conseguir a aprovação de um requerimento solicitando uma audiência pública sobre a regularização fundiária dos Bairros São Joaquim, São Jorge e Mandacaru, na zona norte de Petrolina, o vereador oposicionista Dr.Pérsio Antunes (PMDB) não poupou críticas ao ex-aliado, o prefeito Julio Lossio (PMDB), e sua base de apoio na Casa Plínio Amorim. “Isso é só pressão psicológica. Eles são bons nisso”, declarou.

Segundo Dr.Pérsio, que é presidente da Comissão de Justiça e Redação da Casa, ele ainda não deu o parecer ao projeto de autoria de Lossio, propondo a permuta de áreas pertencentes à administração municipal para indenizar os donos das terras onde moram 1,5 mil famílias dos três bairros da zona norte, por considerá-lo “uma afronta”.

O oposicionista alega seguir recomendação do representante do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), promotor Lauriney Reis Lopes, que viu uma série de irregularidades no projeto.

“Não há o registro das áreas. Ninguém sabe o que é do município e o que é dos donos dos lotes. Há terrenos de R$ 15 milhões que querem repassar por R$ 1,8 milhão. Isso é uma afronta a esta Casa”, alfinetou.

Ednaldo

Dr.Pérsio também se voltou contra o novo líder do governo, Ednaldo Lima, o qual afirmou não ter inexperiência no cargo de vereador. Segundo o oposicionista, Ednaldo não pode impor um projeto para ser votado – como queria – sem obedecer ao Regimento Interno. “Ele precisa aprender muito. Ele pode até ter lido o Regimento, mas não sabe como funciona”, disse, ao mencionar o artigo 53 do Regimento, que dá a prerrogativa ao presidente da Comissão de pedir informações sobre projetos do Executivo. O oposicionista justificou ainda estar no prazo para dar seu parecer, até porque o prefeito, juntamente com advogados dos donos das áreas, conseguiu prorrogar na justiça o tempo para solucionar o impasse.

Dr.Pérsio também justificou que até hoje o Executivo não resolveu a questão dos 300 lotes dos cabos e soldados militares. Além disso, entregou apenas 200 dos 1.943 lotes às famílias do Terras do Sul. Por isso, ele fez questão de tranquilizar as famílias do São Joaquim São Jorge e Mandacaru, mas disse que só dará seu parecer ao projeto quando a administração enviar a lista de todos os contemplados – o que, segundo ele, não fez em três anos. “Quero a relação casa por casa, com CPF e endereço dos contemplados”, finalizou.

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