‘Doença do pombo’ mata dois em São Paulo e deixa país em alerta; juazeirenses reclamam de superlotação da ave

por Carlos Britto // 13 de agosto de 2019 às 08:00

Pombos na rede elétrica, próximo ao Camelódromo de Juazeiro. (Foto: Adailton Costa)

Pombos são aves frequentes em diversas cidades, e em Juazeiro (BA) não é diferente. Diante da recente notícia da morte de dois homens em Santos, litoral de São Paulo, durante o mês de julho, devido à criptococose, conhecida como a ‘doença do pombo’, leitores estão entrando em contato para relatar a superlotação da ave em diversos pontos de Juazeiro, principalmente na área central, local de grande circulação de pessoas.

Os pombos são animais aparentemente inofensivos, mas podem ser um perigo para a saúde humana, uma vez que transmitem várias doenças, conhecidas como zoonoses. Nas praças do Centro de Juazeiro é comum pombos ficarem sobrevoando. No ponto das barquinhas são inúmeros e próximo ao Camelódromo (foto acima) o problema é ainda pior. Leitores do Blog registraram as aves pousadas na fiação elétrica, mas elas também costumam ficar nas árvores.

Riscos

De acordo com infectologistas, a criptococose é uma doença infecciosa causada pela aspiração do fungo Cryptococcus, que pode estar presente nas fezes de aves, principalmente pombos, meio de contaminação mais conhecido. O fungo se instala no pulmão e pode infectar o corpo todo. Pela dificuldade do diagnóstico e possíveis complicações, como a meningoencefalite, a criptococose pode até levar à morte.

Vale destacar que a doença não é só causada pelo pombo. Fezes de morcego, árvores, como o eucalipto ou que tenham locais ocos, podem conter esse fungo e infectar tanto quanto as aves. No caso dos pombos, segundo os médicos, a transmissão se dá pela exposição prolongada – mais de um dia – a uma grande quantidade de fezes.

Diagnóstico

A doença é curável, mas precisa ser tratada rápido. Em alguns casos, os sintomas podem lembrar um AVC. Para ter o diagnóstico, é necessário colher o líquor da espinha e, assim que identificada a criptococose, é necessário começar o tratamento com medicamentos antifúngicos endovenosos de duas a quatro semanas.

Sobre a superlotação de pombos em Juazeiro e o alerta feito por leitores do Blog, a reportagem solicitou um posicionamento da Prefeitura para saber se o Município possui medidas de prevenção específicas contra a doença do pombo e controle da ave, mas ainda estamos aguardando resposta.

‘Doença do pombo’ mata dois em São Paulo e deixa país em alerta; juazeirenses reclamam de superlotação da ave

  1. Maria Joana disse:

    Em Petrolina no bairro Jatobá também está infestado.

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