Dez medidas provisórias já trancam pauta do Congresso no início dos trabalhos legislativos; recesso termina amanhã

por Carlos Britto // 02 de fevereiro de 2020 às 20:23

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/arquivo Agência Brasil

A folga do recesso parlamentar termina nesta segunda-feira (3), com Câmara dos Deputados e Senado já tendo 27 medidas provisórias (MPs) para análise. Desse total, pelo menos dez trancam a pauta de votações logo de início e, até o final de fevereiro, outras cinco vão aumentar essa fila.

Uma MP que institui pensão vitalícia no valor de um salário mínimo para crianças com síndrome causada pelo Zika vírus é a primeira da fila. O texto foi aprovado em dezembro pelos deputados e deve passar facilmente pelos senadores. O relator, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), estendeu a medida para todas as crianças afetadas que tenham nascido até o fim de 2019.

Prazo para caducar

Sem chances de avançar, porquê perdem a validade em 16 de fevereiro, estão outras duas MPs. Uma delas, a 895/2019, cria a carteira estudantil em formato digital. O documento é gratuito para todos os estudantes, mediante cadastro em aplicativo de celular que será vinculado a um banco de dados do Ministério da Educação.

A outra é a MP 896/19, a proposta desobriga órgãos da União, estados, Distrito Federal e municípios de publicar documentos relativos a licitações em jornais de grande circulação — bastaria o anúncio em site oficial e no Diário Oficial da União. No mês seguinte à sua publicação, após um questionamento da Rede Sustentabilidade, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a MP.

Nos dois casos, nem a comissão mista instalada – primeira fase de tramitação antes de seguir para Câmara e Senado – essas MPs tiveram.

Pressa

Entre as MPs que tramitam em regime de urgência, com prioridade na fila de votações, está a MP que cria a 13ª parcela do Bolsa Família (MP 898/2019). O texto ainda precisa ser votado na comissão mista, mas já tem relatório favorável, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O texto previa apenas o pagamento extra no ano de 2019, mas o relatório de Randolfe tornou permanente a parcela adicional. Outra novidade sugerida pelo relator diz respeito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) que também passa a contar com um 13º. (fonte:Agência Brasil)

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