Delegado esclarece detalhes de operação que prendeu grupo suspeito de feminicídio e tráfico de drogas

por Carlos Britto // 30 de janeiro de 2020 às 11:15

Foto: Reprodução G1 PE/ Arquivo da família

O delegado Guilherme Caracciolo, diretor integrado das delegacias metropolitanas, detalhou em entrevista coletiva o caso de feminicídio cujas ordens de prisão foram executadas em várias cidades de Pernambuco. Como foi divulgado hoje (30) neste Blog, alguns dos procurados estavam na Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes, em Petrolina.

A Polícia Civil (PC) procura membros de uma associação criminosa que atua no tráfico de drogas e é suspeita pelo assassinato de Ana Irys. O desparecimento da jovem foi noticiado em 11 de abril de 2018 em Rio Doce, onde foi aberto o inquérito. Na época, ela tinha 26 anos e estava grávida de 5 meses.

O delegado explicou que o crime foi encomendado por um presidiário, com quem Ana mantinha um relacionamento amoroso. As motivações da ação criminosa teriam sido duas: Ana se recusou a fazer aborto e abandonou os compromissos do tráfico. “Não sei se forçada, ou não, mas ela participou de alguma atividade criminal também”, afirmou Caracciolo.

O namorado da vítima responde a 19 processos criminais e encomendou o crime de dentro da prisão. “Essa vítima foi atraída por duas mulheres para uma emboscada. Elas diziam que tinham um dinheiro que o presidiário estava mandando para ela para a compra do enxoval da criança”, contou o delegado que afirmou ter sido um crime brutal. A jovem foi espancada, executada e seu corpo foi jogado num mangue entre as cidades de Rio Doce e Paulista.

Esclarecimentos

Apesar dos esclarecimentos, o corpo de Ana Irys ainda não foi encontrado. “Ainda estamos em diligências para tentar localizar esse corpo. É difícil por causa do tempo e da imensidão do local, que é uma área de mangue, mas nós ainda vamos tentar, através de colaboração de algum dos presos, apontar o local exato”, conclui o Delegado Guilherme Caracciolo.

Os envolvidos responderão por práticas de feminicídio, aborto, ocultação de cadáver, corrupção de menores, associação para o tráfico de drogas e ameaça.

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