Coordenador do “Janeiro Tem mais Artes” acredita que projeto superou expectativas em 2012

por Carlos Britto // 31 de janeiro de 2012 às 22:10

O coordenador do projeto “Janeiro Tem Mais Artes”, Jailson Lima (foto), considera que o evento este ano superou todas as expectativas, apesar de algumas dificuldades. Neste artigo, ele aproveita para enaltecer a inciativa do Sesc/Petrolina.

Confiram:

Crescer é bom. Crescer em meio à adversidade é melhor ainda. Foi demais o contentamento ao concluirmos a quinta edição do projeto Janeiro Tem Mais Artes (entre os dias 21 e 29), fazendo um balanço extremamente positivo de tudo. A adversidade neste caso é a reforma do teatro do Sesc, que nos cobrou verdadeiros malabarismos para improvisação de espaços alternativos e soluções adequadas à cada situação em nossas dependências.

Apesar dos percalços, crescemos na oferta, diversidade e na qualidade das propostas artísticas; nos conteúdos das oficinas e, sobretudo, na motivação de um público que se multiplicou, a tudo participou, e em tudo interagiu. A edição 2012 desse projeto, que é considerado um dos três festivais mais importantes do Sesc Petrolina, ao lado do Vale Dançar (realizado em abril) e Aldeia do Velho Chico (em julho/agosto), também destacou algumas inovações significativas.

As leituras em cena dos espetáculos, Veredas da Salvação e A Moratória, feitas pelo Projeto Dramaturgia, de Petrolina, e a Demonstração de Trabalho, Entre Quatro Paredes, pela Cia de Artes do Recife, deixam a cena regional bem mais rica enquanto formação de atores e diretores. Ainda no mesmo quesito, formação/capacitação, fazemos também um balanço positivo das seis oficinas que trabalharam os temas: iniciação em pré-expressividade, criação de sonoplastia, pintura, direção teatral, samba de gafieira, improvisação e criação em dança contemporânea.

As noites desse janeiro de muitas linguagens e interpretações foram por demais aquecidas com a apresentação de quatro peças de teatro (Meu Livro Proibido, Amaranta, Odemar e Cordel do Amor sem Fim), quatro espetáculos de dança (Eu Vim da Ilha, Espaçamento, Dilatado e Aluga-se um Coração), uma exposição de artes visuais (Síntese, de A.C. Coelhão) e um show musical (Cantos de Arribação de Fabiana Santiago).

Tudo a preços simbólicos, onde o mais barato eram os espetáculos (R$ 2,00) e o mais caro, as oficinas (R$ 20,00 –usuários). De um total de 13 grupos artísticos, oriundos da cena regional e de grandes centros, a exemplo da capital pernambucana, Recife, tiveram participação ativa nesta edição 300 profissionais, entre atores, bailarinos e técnicos. Um ganho substancial para a categoria em qualificação e valorização profissional. Para o Janeiro Tem Mais Artes, mais um ponto positivo neste balanço, que apresenta ainda um sensível crescimento na oferta de emprego durante este período de poucas oportunidades para o segmento.

Jailson Lima/Coordenador do projeto Janeiro Tem Mais Artes

(Foto: CLAS Comunicação)

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