Conselho Federal recomenda proibição de tratamentos ultrapassados em equinos

por Carlos Britto // 22 de janeiro de 2020 às 21:00

Em parecer técnico, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) sugere que sejam proibidas as práticas conhecidas como ‘ponta de fogo’ e ‘aplicação de cáusticos’ em equinos, especialmente nos hipódromos brasileiros, seguindo as recomendações dos órgãos reguladores internacionais, como a Federação Internacional de Autoridades Hípicas (IFHA, sigla em inglês), a Federação Equestre Internacional (FEI) e a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

As duas práticas consistem em cauterizações, especialmente para inflamações ósseas. Enquanto a ponta de fogo usa ferro quente, a aplicação de cáusticos consiste na administração de substâncias químicas nas patas e cascos dos cavalos.

Por serem considerados ultrapassados, tais procedimentos provocam dor prolongada e sofrimento nos animais. A entidade orienta os profissionais a utilizarem práticas mais atualizadas, respeitando o bem-estar animal, como estabelece a Resolução CFMV nº 1.236/2018, de forma a preservar mercados e dar credibilidade a atividade no país.

O parecer técnico ainda justifica que o código de ética do médico-veterinário estabelece como princípios fundamentais para o exercício profissional “empenhar-se para melhorar as condições de bem-estar, saúde animal, humana, ambiental e os padrões de serviços médicos-veterinários” e “usar procedimentos humanitários preservando o bem-estar animal evitando sofrimento e dor”. Com a iniciativa, o CFMV visa estimular que os órgãos brasileiros normatizem o fim dessas práticas e inicie o debate sobre a regulamentação pelo próprio Sistema CFMV/CRMVs voltada ao exercício profissional.

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