O comunitário Júlio César Monteiro faz um desabafo quanto ao serviço e à burocracia nas unidades médicas da região. Morador de Izacolândia, zona rural de Petrolina, ele informa ter um sério problema de saúde, mas simplesmente não consegue atendimento.

Confiram seu desabafo:

Venho através deste veículo de comunicação ressaltar minha indignação referente à dificuldade na promoção de tratamento de saúde nas unidades públicas. Eu, Júlio César Monteiro e residente em Izacolândia, descobri uma enfermidade que me coloca há mais de 3 meses sem poder dormir, já em uma situação de grau severo.

Segundo os especialistas, a cirurgia não daria mais jeito. O fato é que solicitei da AME em Izacolândia um encaminhamento para algo mais especializado UPA. A informação que recebi inicialmente de imediato foi a devolução das requisições médicas, dizendo simplesmente que não marcaria, pois não havia mais cota de atendimento. Me desesperei, pois como sobreviver sem falar e sem dormir, devido uma obstrução respiratória durante o sono? a minha sorte é minha família, que junto comigo não dorme, a me pastorar para evitar que eu durma e dali não mais acorde.

Aleguei que só um cidadão trabalhador, e há mais de 15 anos contribuo com INSS e outros impostos que pagamos. E nós, sociedade civil, não deveríamos ser submetidos a esse tipo de resposta ou atitude. Que as autoridades possam criar mecanismos que possam amenizar o sofrimento das pessoas, em se tratando de saúde, e evitar o imbróglio legal que muitas vezes dificulta o tratamento das pessoas que, assim como eu, estão preste a perder a vida porque os órgãos públicos de saúde dizem estar cheios e que não têm vagas.

Espero que haja uma intervenção, não em função de mim, mas em função da sociedade como todo, que sofrem com esses desmandos por falta de assistência na hora exata, pois a doença não espera e nem marca a hora pra entrar.

Eu, por exemplo, fui surpreendido com essa gravíssima doença e, acima de tudo, fui demitido após informar para a empresa Senai de um problema grave de saúde. Lá eu estava registrado por um processo seletivo indeterminado.

Júlio César Monteiro/Comunitário