Com presença de Paulo Câmara, sessão da nova Alepe após recesso vira embate entre oposição e situação

por Carlos Britto // 02 de agosto de 2017 às 07:07

Foto/divulgação

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) reabriu, nesta terça-feira (1°), as atividades parlamentares do segundo semestre no novo plenário, localizado na Rua da União, área central do Recife. A sessão de abertura começou por volta das 15h, no plenário principal, que leva o nome do ex-governador Eduardo Campos.

Antes de o atual gestor estadual, Paulo Câmara (PSB), fazer um balanço das ações do Executivo, discursaram o presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT), e os líderes do governo e da oposição, Isaltino Nascimento (PSB) e Silvio Costa Filho (PRB), respectivamente. O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), foi representado pelo seu vice, Luciano Siqueira (PCdoB).

A primeira sessão legislativa no novo plenário da Casa acabou se tornando em um embate político entre governo e oposição. Primeiro a falar, Silvio Filho exaltou o novo plenário e, em seguida, fez críticas à gestão Paulo Câmara.

O oposicionista saudou o governador e os presentes, mas aproveitou a oportunidade para dirigir-se ao socialista. “Quando analisamos o programa de governo, várias promessas que foram feitas em 2014 até agora não saíram do papel. As 20 UPAs, as seis UPAEs, não tem nada pronto. A BR-101 não está pronto. Continuidade com redução de Pacto pela Vida, aumento da criminalidade. Investimentos na área social, educação e saúde, redução dos investimentos. Problemas que têm preocupado todos nós, a exemplo de obras da mobilidade urbana, como o Corredor Norte e Sul, até agora não saiu do papel”, disparou Silvio Filho.

Em seguida, o deputado Isaltino Nascimento fez a defesa das ações do governo. Ele dividiu a intervenção sobre a questão da inauguração da Casa e a defesa. De acordo com Nascimento, não é verdade que o orçamento para saúde e para educação foi reduzido. “Os investimentos se mantiveram, apesar da crise, apesar das dificuldades”, afirmou. Ele citou ainda a cobrança feita sobre a dívida ativa de R$ 1,5 bilhão.

“Já fizemos esse debate na Assembleia Legislativa. O orçamento do Estado anual é R$ 35 bilhões. R$ 1,5 bilhão, quem é gestor sabe disso – que ninguém consegue pagar os valores todos até o final do ano. Sempre o valor fica no ano seguinte. E para registrar que o R$ 1,5 bilhão já foi pago esse ano, no primeiro semestre. Portanto, não tem problema gerencial no Estado de Pernambuco”, disse.

Sem polêmica

Último a discursar, o governador Paulo Câmara evitou embates. Durante sua fala, ele fez um balanço das ações à frente da gestão. O socialista também esteve presente na despedida do antigo plenário, no Palácio Joaquim Nabuco, no final de junho. O local vai virar um museu. (Fonte: Folha de PE/foto: Henrique Genecy)

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