Com direito até a ‘apagão’, senadores aprovam reforma trabalhista

por Carlos Britto // 11 de julho de 2017 às 21:27

Com sessão conturbada, a reforma trabalhista foi aprovada nesta terça-feira, 11, no plenário do Senado por 50 votos favoráveis e 26 contrários. Houve uma abstenção em um quórum de 77 senadores. O projeto segue agora para a sanção presidencial.

O projeto é considerado pelo governo de Michel Temer uma das principais medidas para estimular novas contratações no mercado de trabalho e desburocratizar os processos de admissão e demissão – queixa recorrente de muitos empresários.

O texto altera mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entre eles, autoriza os trabalhos intermitentes, permite dividir as férias em três períodos e faz com que os acordos coletivos tenham força de lei.

A sessão plenária, que teve início às 11h, foi marcada por tumultos e bate-bocas entre os parlamentares. Por volta das 12h30, as senadoras da oposição Gleisi Hoffman (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), Regina Sousa (PT-PI) e Lídice da Mata (PSB-BA) ocuparam a mesa diretora do plenário como forma de obstruir a votação.

Em reação, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMBD-CE) apagou todas as luzes do plenário e suspendeu a sessão por mais de quatro horas.

Fora do plenário, Eunício declarou que a sessão só seria retomada quando “a ditadura deixar“.

Às 13h44, o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), acusou a presidência da Casa de estar arrumando o auditório Petrônio Portela para transferir a votação da Reforma Trabalhista para o local. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) era um dos que tentavam reunir assinaturas para tentar realizar a votação fora do plenário.

Confusão

A sessão só foi reaberta às 18h36, quando Eunício retornou à cadeira da presidência na Mesa Diretora. Após retomar o seu posto, Eunício disse que “Deus lhe deu essa qualidade da paciência” e que não tinha pressa para encerrar a votação. Ele classificou a ocupação da mesa por parte de senadores da oposição como um “episódio triste”, mas pediu calma aos senadores da base aliada.

Os oposicionistas pediram a palavra para encaminhar voto contrário à matéria. Partidos da base aliada como PMDB, PSDB, PSD, DEM e PP aproveitaram para fazer sinalizações positivas ao projeto, que foram computadas como encaminhamento favorável ao texto.

Em meio à confusão, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) esbravejava pedindo a palavra, enquanto o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR) computava os votos dos aliados pessoalmente e os comunicava em voz alta. (Fonte: Estadão/foto: Agência Brasil)

Com direito até a ‘apagão’, senadores aprovam reforma trabalhista

  1. JOSE DE SUUZA disse:

    uma vergonha o que essas senadora fisero sendo eu o presidente tinha chamado a policia.

    1. Observando disse:

      Vergonha é usar manobras antidemocráticas e dar um golpe na população! E vá estudar Língua Portuguesa e Gramática para aprender a escrever melhor!

  2. Aristoles disse:

    Parabéns senador Fernando Bezerra Coelho e Armando Monteiro pelo golpe no trabalhador.

    1. Clezio Coelho disse:

      Só lembrando a todos que o senhor Fernando Bezerra Coelho votou contra a classe trabalhadora…

  3. O Biriteiro disse:

    Choooooraaaaa sindicatos…Vão perder a mamata de receber nosso dinheiro. Parabéns aos que apoiaram a reforma. Choooooraaaa sindicalistas…………….

    1. Pessoa comum disse:

      Como se a DEforma fosse resumida ao imposto sindical… Essa aberração vai começar a mostrar seus efeitos logo, logo. Aí quero ver quem vai chorar…

  4. Ferraz disse:

    Parabéns ao Senador Fernando Bezerra Coelho pela postura firme mesmo com a pelegada tanto criticando-o.

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Últimos Comentários

  1. Tem que desapropriar o imóvel onde ficava a casa da criança, atrás do regente, para fazer um terminal de ônibus.

  2. Deu lugar ao mercado turístico? Por que deram esse nome? Bom, acho que já mudou, mas era melhor ser chamado…