Não é novidade para ninguém que o Partido dos Trabalhadores (PT) é excelente em deliberar e preciso em não chegar ao entendimento em suas discussões. Eles se orgulham da fórmula. Ao menos discutem, mas as correntes raramente se entendem nas decisões finais. Com relação à eleição majoritária de Pernambuco, a guerra continua no coração da legenda entre os que que defendem continuar marchando com a Frente Popular e os que defendem a independência.

Por aqui, aprovaram o nome do deputado federal Carlos Veras, para o Senado, mas ainda dependem do diretório nacional do partido. Veras é o franco-queridinho apadrinhado pelo senador Humberto Costa, que é o cacique maior da legenda no Estado.

O PT pernambucano ainda lambe as feridas do baque depois que Marília Arraes não aceitou ser “rifada” e indicada ao Senado para apagar o fogo que ardia em labaredas altas, migrando para o Solidariedade e lançando sua pré-candidatura a governadora. Ela desponta nas pesquisas como um nome forte ao Palácio do Campo das Princesas. Esse é só um dos exemplos de que o PT segue deixando os próprios correligionários questionarem suas “contradições”.

Em Petrolina, maior cidade do Sertão, o vereador Gilmar Santos (PT), que tentará buscar uma vaga na Alepe, disse a este colunista que o fato da prioridade do partido ser a derrota de Bolsonaro, confere “riscos evidentes e um misto de contradições”, referindo-se aos acordos e as relações que o partido precisa fazer para tirar o presidente do poder. “Sobre Pernambuco, sempre defendi uma candidatura própria do PT. A decisão da direção foi a de priorizar o projeto de eleição do presidente Lula e derrotar Bolsonaro. Apesar da posição divergente, tenho que respeitar o que foi determinado e construir a campanha dentro da Frente Popular”, afirmou.

Agora, mais uma vez a diretriz é esperar pra ver se o PT, de fato, conseguirá resolver suas contendas e vai topar indicar um nome para vice. Que a preferida, deputada Tereza Leitão, aliás, já disse que não topa.

Professores na luta

Em Lagoa Grande, Sertão do São Francisco, os professores paralisaram as atividades por 24 horas e foram às ruas ontem. Eles reivindicaram contra o projeto de lei 003/2022, enviado pelo Executivo e aprovado pelo legislativo, que retira direitos adquiridos desde 2014 com a aprovação do PCCR (artigo 45), que altera os percentuais de classe no Plano de Cargos e Carreiras da categoria.

Nepotismo

Em Belém de Maria, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou ao presidente de Câmara de Vereadores de que, no prazo de 10 dias, efetue a exoneração de todos os funcionários contratados/comissionados que detenham relação de parentesco consanguíneo, em linha reta ou colateral, ou por afinidade, até o terceiro grau com o presidente da Câmara, ocupantes da Mesa Diretora da casa legislativa Municipal e demais vereadores.

TCE de olho

O TCE está de olho nos transportes escolares que rodam em Pernambuco. Ontem, o órgão fiscalizador iniciou uma megaoperação para averiguar as condições dos veículos que transportam alunos da rede estadual. Depois de toda a conferência, será gerado um relatório a ser encaminhado aos municípios com as recomendações necessárias. Vem bronca aí.