Coluna da Folha

por Carlos Britto // 16 de dezembro de 2020 às 07:18

Foto: reprodução

Candidatos vitoriosos em Pesqueira e Tuparetama nas mãos da justiça  

Quando eleitores de um determinado candidato vão às urnas e fazem dele um vitorioso, é porque acreditam em suas propostas. Mais do que isso: acreditam que ele vá assumir a gestão e governar pelos próximos quatro anos. Mas nem sempre esse enredo tem o desenrolar que se espera.

Nos municípios de Pesqueira (PE) e Tuparetama (PE), o eleitorado pode ver suas expectativas frustradas pela justiça eleitoral. Pesqueira fez história ao eleger pela primeira vez um representante do povo indígena, o Cacique Marquinhos (Republicanos), para a prefeitura local. Mas possivelmente isso fique adiado.

Marquinhos vem enfrentando uma batalha judicial por conta do registro de sua candidatura, e não consegue reverter a seu favor. Tudo porque o cacique foi condenado por ter sido um dos autores de um incêndio considerado criminoso, anos atrás. O TRE-PE indeferiu sua candidatura e é provável que também perca no TSE.

Em Tuparetama, o prefeito reeleito Sávio Torres (PTB) vive a mesma situação. Ele viu o vice-procurador geral Eleitoral, Renato Brill de Góes, votar contrário ao Recurso Especial Eleitoral impetrado pela defesa de Sávio para rever a decisão do TRE que cassou o registro de sua candidatura. Ele alega que o recurso não deve prosperar pela robustez da decisão do TRE, que negou o direito legal de sua candidatura.

É muito difícil, senão impossível, haver nova eleição nos dois municípios. Caso o Cacique Marquinhos não tome posse, a segunda colocada Maria José (DEM) assume a Prefeitura de Pesqueira. No caso de Tuparetama, se não der para Sávio, Deva Pessoa é quem assumirá a gestão. Na política, às vezes o que brilha nem sempre é ouro.

Inelegível

A vida não nada fácil para o ex-prefeito de Orocó (PE), Reginaldo Crateú ‘Dédi’ (PT). Ele teve suas contas do exercício de 2015 rejeitadas na última sessão legislativa da Câmara de Vereadores. Para derrubar a recomendação do TCE-PE na Casa, ele precisaria de 6 votos dos 9 vereadores, porém só conseguiu 5. Para completar, até o aliado de Dédi, Thiago Vasconcelos (PT), se absteve de votar. Agora, o ex-prefeito (que fazia planos para 2024) fica inelegível até 2028.

Orçamento ‘gordo’

A Câmara Municipal de Petrolina aprovou o orçamento de mais de R$ 950 milhões para a prefeitura, no exercício 2021. Um dos destaques foi a área de educação, que no ano passado abocanhou R$ 306 milhões e para o ano passou para R$ 326 milhões.

Clima incerto

Em Arcoverde (PE), o eleitorado poderá ter de sair de casa novamente para votar. Pelo menos é o que pode acontecer, após o juiz eleitoral Draulternani Melo Pantaleão ter cassado o diploma do prefeito eleito Wellington Maciel (MDB) e do seu vice, o delegado Israel Rubis (PP). Quem decidirá por novas eleições no município é o TRE-PE.

Encontro aprovado

Gestores eleitos e reeleitos deixaram o encontro promovido durante dois dias pela Amupe, em Gravatá (PE), satisfeitos com o resultado. O presidente da entidade, José Patriota, também gostou da presença maciça dos convidados.

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