Coluna da Folha

por Carlos Britto // 30 de setembro de 2020 às 07:29

Foto: divulgação arquivo

Sem evento com aglomeração e multa pesada em Bodocó

Em Bodocó, mesorregião do Sertão pernambucano, a pandemia do novo coronavírus tem se tornado um forte elemento para o jogo político das eleições deste ano. O cumprimento das normas da Organização Mundial da Saúde para prevenção à doença se tornou a nova arma entre adversários políticos nesta eleição atípica.

A Vara Única da Comarca de Bodocó aprovou, em partes, um pedido do Ministério Público de Pernambuco para que o atual prefeito Túlio Alves (DEM) e seu vice José Edmilson (PRTB), ambos candidatos à reeleição, se abstenham de realizar qualquer tipo de evento que gere aglomeração, estando sujeitos a multa no valor de R$ 10 mil para cada evento que possa descumprir a determinação.

Além dessa decisão, a Promotoria de Justiça do município também solicitou ao Poder Judiciário a condenação dos candidatos, por improbidade administrativa, por supostamente terem agido contra os princípios da administração pública, e também o pagamento de uma multa de R$ 200 mil por danos morais coletivos para cada réu.

Apesar da inelegibilidade de um candidato precisar um longo percurso em outro órgão judiciário, na Justiça Eleitoral, os partidos políticos vêm apostando no desgaste midiático desse tipo de situação. Se não houver nenhuma mudança, quem vai tentar impedir a reeleição de Túlio no dia 15 de novembro é o médico Otávio Pedrosa (PSB) na cabeça de chapa e Klevinho Xavier (PTB).

Pediu impugnação

O promotor eleitoral Carlos Henrique Tavares Almeida, do município de Angelim, no Agreste, entrou na Justiça com pedido de impugnação do registro de candidatura de Marco Antônio Leal Calado (PSD), que está disputando a prefeitura. “Ocorre que o aludido candidato teve rejeitadas, pela Câmara Municipal, as contas relativas ao exercício de 2004, bem como aquelas atinentes ao Convênio 372/2003”, diz o documento.

Agenda ameaçada

A visita do presidente da república Jair Bolsonaro à adutora do Pajeú, entre São José do Egisto e Itapetim, pode não acontecer como planejado inicialmente: com a finalidade de distribuir água. Isso porque houve mudança no consórcio que gera a captação e distribuição para a primeira etapa, por tubos e a segunda etapa, cuja água é distribuída por canais. A informação foi confirmada por Mário Heitor Filho, diretor de Interior da Compesa.

A bronca do patrimônio

Por meio de nota, o prefeito de São José do Belmonte, Romonilson Mariano (PHS), rebateu as acusações de que teria “enricado ilegalmente” em um crescimento de mais de R$ 10 milhões em menos de 4 anos, e comentou o seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral. “Antes de ser político, sou empresário, o crescimento do meu patrimônio vem do rendimento dos meus negócios, que são administrados com muita responsabilidade”, afirmou.

As contas

Em São José do Egito, o Ministério Público Eleitoral entrou com uma ação apontando novos requisitos para que ocorra a impugnação de registro de candidatura do atual prefeito Evandro Valadares (PSB). “Só é possível fazer parte do jogo democrático se o candidato tiver todos os requisitos constitucionais necessários”, destacou a advogada Hérica Nunes.

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