Chapa 2 ratifica que questionará judicialmente eleição do Sindsemp e revela posicionamento do TJPE sobre comissão eleitoral

por Carlos Britto // 29 de março de 2019 às 17:31

Derrotada na polêmica eleição para a presidência do Sindicato dos Servidores Municipais de Petrolina (Sindsemp), a chapa 2 ratificou na manhã desta sexta-feira (29), em coletiva de imprensa realizada na Câmara de Vereadores, seu posicionamento de esgotar todas as possibilidades no intuito de reverter a decisão que confirmou o atual presidente Walber Lins, então candidato da chapa 1, para mais um mandato (2018-21). O pleito, ocorrido em agosto do ano passado, acabou suspenso pela justiça diante de um impasse causado por uma série de informações desencontradas.

Na última quarta (27), em cumprimento a uma decisão do desembargador-relator do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Stênio Neiva Coelho, que acatou um agravo de instrumento da chapa derrotada, a comissão eleitoral retomou a apuração de votos do pleito, declarando no final a chapa 1 como vencedora. Walber e os demais integrantes da chapa, inclusive, foram empossados no dia de ontem (28).

Mas a candidata a presidente pela chapa 2, Magda Feitoza, voltou a bater de frente contra a comissão eleitoral. Acompanhada dos demais companheiros sindicalistas e do advogado da chapa 2, Douglas Pires, Magda afirmou que o presidente da comissão, Adonjones Fernandes, afrontou uma decisão do desembargador. A explicação foi esmiuçada pelo advogado.

De acordo com Douglas, o desembargador-relator não se referiu em nenhum momento, na sua decisão, em recontagem de votos, mas na conclusão da apuração. Nesse contexto estavam 144 votos em separado – os que faltavam para o pleito ser concluído, após a interrupção da apuração, em agosto passado. Mas contrariando a decisão do desembargador e do seu próprio ato deliberativo à época, a comissão não fez a contagem dos 144 votos.

Qual o resultado dos votos em separado? foram quantos para chapa 1 e quantos para a chapa 2? quantos nulos? quantos brancos? não foi feita essa contagem. O que quisessem fazer com os votos, era uma prerrogativa deles, desde que finalizassem a contagem, o que não foi cumprido pela comissão eleitoral”, frisou o advogado.

Ele lembrou ainda que chegou a apresentar 12 requerimentos à comissão, na época do pleito, e nenhum teve retorno. Entre estes constava o pedido de recontagem de votos da urna de nº 8 – considerada a mais problemática de todas, já que a comissão escrutinadora do pleito constatou uma lista improvisada de 36 votantes, os quais deveriam ter assinado a listagem geral. “Como você tem uma urna com um vício-fraude absurdo, e você se recusa a recontar?”, indagou Douglas. Ao contrário de outras seis urnas, a 8 não foi anulada na última quarta, o que para a chapa 2 só reforça a desconfiança de que Magda Feitoza e os demais integrantes seriam eleitos, porque a maioria dos votos dessa urna era para Walber.

Anulação

Perguntado se o impasse não se encerraria com uma nova eleição no Sindsemp, o advogado da chapa 2 discordou. Segundo Douglas, os servidores compareceram em peso para votar, em agosto último. Além disso, uma eleição como essa demanda gastos significativos para o sindicato. “É justo para o servidor ter de pagar por uma nova eleição, sendo que nessa já havia um resultado?”, comentou.

Ao comentar o impasse, Magda Feitoza deixou claro que a decisão da chapa 2 em levar adiante o imbróglio não é por ter saído derrotada, mas pela falta de transparência de como se deu o processo. “Estamos questionando e indo à justiça porque, se tivéssemos a resposta dentro da legalidade, que expressasse realmente a vontade da maioria dos servidores, nós não questionaríamos”, ponderou, citando o exemplo da eleição anterior, quando a chapa 1 venceu o pleito e a chapa concorrente não questionou. “A comissão eleitoral agiu com lisura”, completou.

TJPE

Todos os fatos da última quarta, levantados pela chapa 2, já foram enviados ao desembargador do TJPE, que em menos de 24 horas se posicionou sobre a celeuma. Stênio Neiva deu um prazo de cinco dias para a comissão eleitoral dê as devidas explicações sobre o porquê de ter descumprido a decisão judicial. “Já impetramos mais outro recurso, fizemos essa solicitação ao desembargador e pretendemos entrar com outra ação questionando esse ato”, revelou Douglas.

Chapa 2 ratifica que questionará judicialmente eleição do Sindsemp e revela posicionamento do TJPE sobre comissão eleitoral

  1. Guilherme disse:

    CHORO DE PERDEDOR. Cadê que eles falam dos votos de 2 viagens, entendedores entenderão, não é, Gilvan ???

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