Caso Beatriz: Lucinha Mota lança ‘vaquinha’ virtual para arrecadar R$ 75 mil e prosseguir com investigação particular

por Carlos Britto // 25 de outubro de 2019 às 06:20

Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz Angélica. (Foto: Blog do Carlos Britto)

Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz Angélica, assassinada em dezembro de 2015 durante uma festa de encerramento do ano letivo no Colégio Auxiliadora, em Petrolina, lançou uma ‘vaquinha’ virtual (veja aqui) para angariar fundos e dar prosseguimento à investigação paralela ao Estado de Pernambuco, que a família vem realizando após o brutal crime que tirou a vida da pequena Beatriz, então com sete anos.

Na divulgação da campanha na internet, Lucinha diz que “lutará por um inquérito justo“, pois sua filha “não será só um número nas estatísticas da violência”. “Enquanto vida eu tiver, lutarei por justiça“, afirma a mãe de Beatriz. “Precisamos da colaboração de vocês para contratar profissionais especializados para identificarmos os verdadeiros culpados“, reforça.

O objetivo da campanha é arrecadar R$ 75 mil. Até a madrugada desta sexta-feira (25) a vaquinha já tinha recebido mais de R$ 1,4 mil.

Andamento do caso

Como este Blog mostrou na semana passada, Lucinha Mota esteve no Recife e levou documentos que apontam possível envolvimento de um agente público nas investigações do Caso Beatriz. Os documentos, segundo ela, foram obtidos através de investigação particular paralela ao Estado. O Caso Beatriz é mantido em sigilo.

À TV Jornal, Lucinha afirmou que existem provas de que um perito do caso esteve no colégio para elaborar o plano de segurança. Sem citar data, ela contou que esse plano de segurança foi feito depois do crime ter ocorrido. Além disso, de acordo com Lucinha, existe a suspeita de envolvimento de outros agentes públicos. Ela também informou a situação ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

De acordo com a nota da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS), “serão ouvidas as partes envolvidas e testemunhas, além da análise de documentos e outros materiais que colaborem com esclarecimentos“. A corregedoria ainda destacou que, se houver elementos suficientes, poderá ser instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD).

Também em nota, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora Petrolina ressaltou que teve conhecimento de informações, sobre denúncia apresentada por Lucinha ao MPPE e Corregedoria Geral da SDS, através da imprensa. “A instituição não teve acesso, oficialmente, ao teor da manifestação. Portanto não pode, neste momento, emitir qualquer declaração sobre o assunto”, diz a nota. “A unidade de ensino reforça que está acompanhando atentamente os desdobramentos da denúncia e no momento oportuno manifestará sua defesa, caso se faça necessário”, encerra.

Sem desfecho

O trágico assassinato da menina Beatriz Angélica Mota completará quatro anos no próximo dia 10 de dezembro. Sem desfecho e sob muito silêncio, o caso é conduzido pela delegada Pollyanna Neri, que está à frente das investigações desde novembro de 2017. A investigação é sigilosa.

Beatriz foi brutalmente morta a facadas durante uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no Centro de Petrolina, onde estudava. Seu pai, o professor Sandro Romilton, fazia parte do quadro de funcionários da unidade de ensino.

O corpo da menina foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio. Essa sala fica próximo à quadra de esportes, onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola, na noite do crime. A irmã da menina era uma das formandas.

A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 da noite do crime, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado.

Disque-Denúncia

Quem tiver informações relevantes sobre o caso, pode acionar a Ouvidoria da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco – 181; WhatsApp – (87) 9 9911-8104; e Disque-Denúncia (81) – 3421-9595/3719-4545. Além disso, há um grupo de trabalho do MPPE, também por meio do WhatsApp: (81) 9 8878-5733. O sigilo é absoluto.

Caso Beatriz: Lucinha Mota lança ‘vaquinha’ virtual para arrecadar R$ 75 mil e prosseguir com investigação particular

  1. Tina disse:

    Mãe deixe me descansar em paz. Não me use para fazer coisas que Deus não aprova.

    1. Marcos Vinícius disse:

      Se não se respeita, ao menos respeita a dor alheia!

    2. Marcilio ridrigues disse:

      Tá virando comércio a essa estória, deixa o estado resolver deixe a menina descansar em paz

    3. Ana dias disse:

      Você é louca ?

  2. Luciana da Costa Azevedo disse:

    É uma mãe em busca de justiça, nada implica em deixar a alma da criança descansar em paz, ela era um anjo, já está em paz!!!! Infelizmente tido gira em torno do dinheiro, por isso apoio e colaboro para que o assassino seja encontrado, tenho uma filha e me coloco no lugar dela, perder um filho já é uma dor insuportável e dessa maneira cruel então!

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