Berganês: Pesquisadores e instituições querem agilizar processo de registro da raça de ovelhas genuinamente sertaneja

por Carlos Britto // 20 de fevereiro de 2016 às 11:27

Pesquisadores e instituições de ensino superior da região estão debatendo em Petrolina e Dormentes (PE), no Sertão do São Francisco, o padrão racial da raça “Berganês” para agilizar, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o processo de registro da raça, que é genuinamente pernambucana. Estão empenhados na causa pesquisadores e extensionistas da Embrapa, do IF Sertão-PE, da Univasf e do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). A raça Berganês é fruto de um cruzamento da raça Berga Massa (origem italiana) e o Santa Inês (raça originária do Brasil).

A iniciativa integra o projeto intitulado “O Berganês do Sertão Pernambucano”, que visa, através da pesquisa, padronizar a caracterização morfológica, produtiva e molecular desses animais. Atualmente o Estado conta com um rebanho estimado em 3 mil ovinos considerados Berganês. Por isso, é imprescindível  que se conclua, o mais breve possível, o processo de registro dessa futura raça. Só com a certificação, pesquisadores, técnicos e produtores passarão a conhecer e, principalmente, disseminar com segurança, as informações sobre os  animais pertencentes a este ecótipo.

Além disso, a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (Sara) do Estado de PE, através do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), intermediará o diálogo entre os produtores e o Mapa. Também serão utilizadas as bases de pesquisa do Instituto para qualificação dos estudos que subsidiarão a criação de um plano de ação de conservação do recurso genético Berganês.

O projeto requer a utilização do Laboratório de Genoma do IPA, para a realização de pesquisas com marcadores moleculares deste ecótipo; inserção dos produtores de Berganês no Plano de Ação do IPA em 2016 e Assistência Técnica aos de produtores de ovinos Berganês, como suporte forrageiro.

Potencial

Os dados possibilitarão um melhor entendimento sobre a origem e o potencial produtivo deste grupo genético típico do Sertão Pernambucano, mais especificamente do município de Dormentes. Ao todo, o Núcleo catalogou 75 criadores em Pernambuco. Destes, 54 são do município de Dormentes, 14 de Petrolina, três de Santa Filomena, um de Afrânio e um em Terra Nova. Além de mais um criador no Senhor do Bonfim e outro em Sento Sé, ambos municípios do norte baiano. (foto/divulgação)

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