Aumento na captação de órgãos ajuda a reduzir filas de espera na Bahia

por Carlos Britto // 24 de janeiro de 2024 às 16:32

Foto: Ascom HRJ/divulgação

A partir do empenho da equipe multidisciplinar, o Hospital Regional de Juazeiro (HRJ) vem se tornando referência na doação de órgãos no norte da Bahia. Em menos de seis meses, o complexo hospitalar administrado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) realizou três captações de múltiplos órgãos. A iniciativa se deu a partir da implantação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott), que não tem medido esforços para conseguir realizar o máximo possível de captações, através da mobilização sensível e humanizada dos colaboradores da instituição junto aos familiares de pacientes.

A primeira captação realizada em junho resultou na doação de dois rins. Já a segunda aconteceu no mês de setembro, em plena campanha nacional de incentivo a doação de órgãos, com a retirada de coração (para valvas), rins e fígado, beneficiando cerca de quatro pessoas. Em novembro, houve a captação de coração (para valvas), além de rins e fígado.

Até dezembro do ano passado, segundo o médico e coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, Eraldo Moura, a Bahia teve um aumento significativo no número de doações em relação a 2022. Nesse período foram realizadas 177 captações de múltiplos órgãos, ante 125 do ano anterior, o que equivale a um crescimento de 41%.

O coordenador pontua que o HRJ tem contribuído diretamente com o aumento no ranking de doação de órgãos no Estado, sendo responsável por cerca de 10% das doações até novembro de 2023, ajudando assim a salvar a vida de inúmeras pessoas que aguardam na fila de espera por um transplante. “Poder contar hoje com o Hospital Regional de Juazeiro é um avanço muito grande. A gente está falando de uma instituição de renome, que há pouco tempo começou a executar o procedimento de captação, e tem feito com muita segurança. Um trabalho que vem gerando resultados positivos e, o mais importante, salva vidas”, ressaltou.

O enfermeiro e presidente da Cihdott, Ygor Rodrigues, faz uma avaliação positiva das cirurgias de captação realizadas na unidade. “No cenário estadual, o HRJ tem desempenhado um papal importante, pois temos contribuído com a diminuição das filas de espera e, com isso, devolvendo a esperança de pacientes e familiares que aguardam pela cirurgia de transplante”, pontuou.

Como se tornar um doador

Qualquer um pode se declarar doador de órgãos. Para isso, é necessário ser maior de 18 anos, ter condições adequadas de saúde e ser analisado por um médico para realização de exames. Outro fator que deve ser levado em consideração é que o possível doador deve deixar a família ciente do interesse em ser um doador, para que após a sua morte os familiares (até segundo grau de parentesco) possam autorizar, por escrito, a captação dos órgãos.

É também indicado que os interessados em serem doadores expressem sua vontade a partir de frases de efeito como: “Sou doador e minha família sabe”; “Doação de Órgãos pode salvar vidas”; “A doação de um órgão é um ato de amor ao próximo”; “A oportunidade de fazer o transplante representa uma melhoria significativa na minha qualidade de vida”. As informações são da Sesab.

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