Assalariados rurais e patrões não chegam a acordo mais uma vez

por Carlos Britto // 02 de fevereiro de 2009 às 17:00

Após duas semanas de negociações, os trabalhadores rurais e empresários da Hortifruticultura do Vale do São Francisco suspenderam pela 2ª vez as discussões sobre a Convenção Coletiva do Trabalho 2009/2010. Dentre os diversos itens que compõem a pauta de reivindicações deste ano, já foi mantida a maior parte das cláusulas sociais, mas, empregados e empregadores divergem nas cláusulas econômicas, principalmente sobre o salário unificado. A pedida salarial inicial dos trabalhadores foi de R$ 558 (atualmente recebem R$ 425) e, a contrapartida do Sindicato Patronal de R$ 467. Depois de muita conversação, os trabalhadores reajustaram a pedida para R$ 490,00 contra R$ 470,00 dos empresários. As classes não chegaram a um consenso.Além do salário, o reforço alimentar, horas extra de 200%, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, trabalho aos sábados, domingos e feriados e o dia do trabalhador rural hortifruticultura (feriado) também não foram acordados. A classe patronal propõe a regulamentação do contrato de Safra, banco de horas e redução de jornada com redução de salário. Com os impasses na mesa de negociações, os delegados sindicais retornaram ao campo, para levar as propostas dos patrões para os trabalhadores e trabalhadoras e, retomam as negociações no dia 16 de fevereiro, com a posição da categoria.

Assalariados rurais e patrões não chegam a acordo mais uma vez

  1. O pensador disse:

    A crise é mundial. No Brasil e em outros países as centrais sindicais estão preferindo redução de jornada a aumentar o desemprego, tanto na agricultura como na Indústria e Serviços. Aqui, porque se aproxima a eleição sindical os dirigentes sindicais repetem o jôgo dos políticos, enganando o povo. E´uma vergonha o jogo de cena é usado pelos sindicalistas. Reconhece-se que o salário mínimo é pouco para com ele se manter uma família e muito para se pagar com a atividade agrícola em crise. A Europa reduziu jornada para 36 e 40 horas e estão retornando para as 44horas que usamos aqui. O sonho de equiparar o salário mínimo no Brasil a U$100, já se concretizou há muito tempo. Hoje já ultrapassa os U$200. “Vamos devagar com o andor que o santo é de barro”

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