As declarações do irmão de Eduardo e os efeitos para o PSB em 2018

por Carlos Britto // 03 de novembro de 2016 às 07:10

antônio camposAs duras declarações feitas por Antônio Campos, candidato derrotado à Prefeitura de Olinda, numa entrevista coletiva convocada pelo próprio na última terça-feira (1), repercutiram muito mal dentro do partido dele – o PSB. Os principais ‘alvos’ do irmão do ex-governador Eduardo Campos foram a viúva, Renata, e o governador Paulo Câmara. Mas sobrou até para o prefeito Geraldo Julio e o senador Fernando Bezerra Coelho.

Entre outras coisas, Antonio Campos disse que a viúva de Eduardo passa uma imagem de “frágil”, mas nos bastidores ela tem poderes “maiores do que deveriam” e “fica mandando” dentro do partido. Sobre Paulo Câmara, que é vice-presidente nacional do PSB, Campos disse que há um núcleo em volta do governador “que esquece que mais importante do que ter projeto de poder, é ter projeto político”. O recado foi, entre outros, para o senador FBC.

Antonio disse ainda que foi monitorado todo o tempo pela Casa Militar do governo estadual, durante a campanha de prefeito. Em nota, no entanto, a Casa Militar contestou a afirmação justificando que não se envolve em assuntos políticos. A direção estadual também rebateu, por meio de nota, o irmão de Eduardo, ao afirmar que “discorda do conteúdo da entrevista concedida pelo ex-candidato a prefeito de Olinda. As eleições de 2016 deram ao PSB um consistente crescimento nas diversas regiões do estado. É princípio básico da democracia respeitar o resultado das urnas”.

O fato é que, após a trágica morte de Eduardo Campos, em 2014, os socialistas de Pernambuco perderam a voz que conseguia dissipar as divergências. E para 2018, por mais que o partido comemore o resultado nas eleições municipais, terá de aparar essas arestas no Estado. (foto/arquivo reprodução)

As declarações do irmão de Eduardo e os efeitos para o PSB em 2018

  1. Popó disse:

    Isso tudo é pelo fato das investigaçoes que a Policia Federal faz em relação ao Dinheiro das propinas recebidas que o Irmão de Eduardo não participou e agora o resto do PSB não o colocou o Irmão no racha do Dinheiro. Tudo que envolve Dinheiro e Dinheiro sujo só dá nisso….. Um Racha da Marfia.

  2. Cego às avessas disse:

    O problema é que o PSB continua com sua velha forma coronelista de fazer política, imposição de candidatos, negociatas em troca de favorecimento político. Envolver a família de Eduardo Campos só demonstra o oligopólio presente na cadeia de comando do partido. Esse jeito familiar de fazer política já deveria ter sido extirpado da política contemporânea. O projeto político de um partido não deve pertencer ou girar em torno de uma ou mais famílias. O PSB parece que esqueceu disso. Ou, na verdade, desde os tempos de Arraes, nunca teve este tipo de discernimento.

  3. Maria disse:

    PSB um partido fadado a extinção, pois não tem projeto político para o povo e sim projeto politico pessoal, cada um olha para o seu umbigo. é pior do que o PT. O PT foi na onda de se aliar e aprender com o PSB, PMDB e se deu mal, bem feito.

  4. Sempre A|tento disse:

    E ela é besta,tem que dá poder é pro filho dela,não pra irmão do finado,nada como poder pra descobrir as brigas de família,todos santos na frente da câmara ,mas por trás é um comendo o outro vivo.

    1. Cego às avessas disse:

      Pro filho não, para os filhos, João Campos ocupa cargo de confiança no governo de pernambuco, enquanto que Maria Eduarda ocupa cargo na prefeitura do Recife, ambas instituições comandas pelo PSB. E detalhe, são cargos de chefia, e nenhum deles tem qualquer formação acadêmica ou mesmo experiência profissional para ocupar tais cargos, só tem o sobrenome Campos no currículo. Tapa na cara de quem passou a vida toda batalhando por títulos acadêmicos e experiência profissional para ver filho de político ocupar um cargo melhor que o seu.

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