A paisagem seca do Sertão está ganhando um personagem peculiar que já não era mais vistos por aquelas paragens. A arara-azul-de-Lear – ameaçada de extinção – está encontrando no meio da Caatinga  abrigo e proteção e está se reproduzindo em liberdade. A toca velha, no município de Canudos, na Bahia, é um dos lugares onde as araras passam a noite. Elas dormem em buracos no meio dos paredões.

“Não adianta você ter uma população grande de indivíduo se você não tem alimento. Você vai gerar um desequilíbrio e possivelmente esse desequilíbrio vai atingir a população inteira, que é a fome“, diz Eurivaldo Macedo Alves, guarda-parque.

As araras ficam esperando e, quando sentem que não há perigo, partem para o ataque. E saem carregando espigas. As araras só estão atacando as plantações porque o alimento preferido delas está ficando raro na Caatinga: “O licuri, o alimento preponderante e insubstituível da arara azul. A arara parte com o bico e come a polpa de dentro, porque ao mesmo tempo está recebendo a polpa e um pouco de água“, explica o fazendeiro Otávio Farias. (fonte/foto: G1)