Uma comissão do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) foi recebida na noite de ontem (19) pelo representante do governo do Estado, Adilson Gomes Filho, no Palácio do Campo das Princesas. Conforme havia prometido, a entidade promoveu uma passeata para entregar no palácio um documento reiterando a pauta da categoria (foto) – embora alegue que o governador Paulo Câmara já tem essa pauta há muito tempo.
No documento, o Sinpol-PE pede o fim da clandestinidade funcional para que a base possa atender mais e melhor a população; a diminuição do abismo salarial existente entre a base (agentes, comissários e escrivães e correlatos) e os delegados de polícia, além das reivindicações estruturais. A categoria também entregou formalmente as cotas do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES), trabalho extra dos policiais civis, mas que não é pago como hora-extra. Isso significa, na prática, que a Polícia Civil, a partir de outubro, terá uma baixa em 50% de seu efetivo. O PJES é responsável pela abertura dos plantões em todo o Estado.
Ainda à noite, a categoria realizou uma assembleia com a presença de mais de 2 mil policiais, na frente do Palácio, onde decidiu dar um passo à mais nas mobilizações para pressionar o governo, deflagrando assim o “Setembro de Lockdown da Polícia Civil”. O movimento prevê paralisações durante o mês de setembro, as quais serão anunciadas em breve pela categoria.
