Comunidades rurais, vilas ribeirinhas e o centro histórico de Petrolina se tornaram cenário para as gravações de ‘DNA Origens: Sertão’. O longa, primeiro do país a explorar a ancestralidade do semiárido nordestino por meio de testes genéticos, percorrerá mais de 3 mil quilômetros no Sertão.
Dirigido por Fernando Pereira, Geisla Fernandes e Wllyssys Wolfgang, criadores da série Natureza Forte, lançada em 2025 na Globoplay e Canal Futura, o longa acompanha moradores de diferentes microrregiões da Caatinga enquanto descobrem, diante das câmeras, a própria origem inscrita no DNA. São indígenas, quilombolas, sertanejos urbanos e agricultores, representando a diversidade que constrói a identidade do Brasil profundo.
Para garantir rigor científico, a produção firmou parceria com o laboratório Genera, referência em genômica pessoal na América Latina. Os testes utilizados são da linha Premium e incluem um relatório inédito com o mapa genético do Sertão, material que será disponibilizado para pesquisadores das áreas de saúde pública, genética populacional e história social.
O longa une entrevistas intimistas, imagens aéreas em 6K, timelapses da caatinga e infográficos animados que facilitam o entendimento de conceitos como cromossomos e herança genética. “É um filme que usa a ciência como ponto de partida para provocar reflexões sobre pertencimento”, resume Geisla. Já Fernando destaca que o Sertão “reflete as dinâmicas migratórias do Brasil inteiro”, enquanto Wllyssys aponta que “cada descoberta carrega uma verdade emocionante que conecta ciência e identidade”.
Estreia
Com produção da Abajur Soluções Artísticas e da WW Filmes, ‘DNA Origens: Sertão’ conta com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG) e do Funcultura Audiovisual de Pernambuco (Fundarpe). A equipe inclui profissionais locais e de outras regiões do Brasil, movimentando a economia criativa e formando novos técnicos no audiovisual sertanejo. Com estreia prevista para 2026/2027, o longa pretende reacender o debate sobre o apagamento histórico das populações do Interior nordestino e ampliar o conhecimento sobre identidade e ancestralidade no país.