Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvirão nesta quinta-feira (9) os advogados de mais cinco réus do processo do Mensalão.
Falarão os defensores do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato; do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE); do deputado federal Pedro Henry (PP-MT); do ex-assessor parlamentar do PP João Cláudio Genú; e de Enivaldo Quadrado, acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de lavar o dinheiro de empréstimos fictícios e de dinheiro público desviado.
Cada advogado terá uma hora para a defesa de seu cliente. A sessão desta quinta será a sexta do julgamento do processo, a quarta consecutiva para as as sustentações orais dos defensores.
Advogados de 15 réus já apresentaram seus argumentos. Ainda falta a defesa de 23 acusados do esquema que, segundo a Procuradoria, consistiu na compra de votos no Congresso Nacional em benefício do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O julgamento do Mensalão começou na última quinta-feira (2) com a leitura do resumo da ação penal feita pelo relator Joaquim Barbosa, que apresentou o nome dos réus e explicou a quais crimes eles respondem. Na sexta-feira (3), Gurgel pediu a condenação de 36 dos 38 réus do processo e apontou o ex-ministro José Dirceu como líder do grupo criminoso.
Negativas
Na segunda (6), os advogados de Dirceu e José Genoino negaram a existência do Mensalão. A defesa de Delúbio Soares e Marcos Valério, no entanto, confirmou a existência de caixa dois – uso de recursos não declarados – após a campanha presidencial de 2002.
Os advogados de quatro réus do processo do mensalão ligados a Marcos Valério afirmaram na terça (7) que seus clientes desconheciam a prática de atividades ilícitas e negaram ter conhecimento sobre o suposto esquema. Além dos quatro ligados a Valério, falou ainda o ex-ministro José Carlos Dias, advogado da ex-presidente e atual acionista do Banco Rural Kátia Rabello. Dias negou que o banco fizesse empréstimos fictícios ao grupo de Valério.
Advogados de três ex-dirigentes do Banco Rural afirmaram, na quarta-feira (8), que seus clientes não tiveram participação nas irregularidades apontadas pela denúncia. A defesa de João Paulo Cunha (PT-SP) confirmou que o parlamentar recebeu dinheiro do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, mas negou desvio de recursos públicos. A defesa de Luiz Gushiken disse que seu cliente é inocente e que não há provas de sua participação no esquema do Mensalão. (do G1)


