Cores, música e muitas gargalhadas. Tem sido assim pelo menos duas vezes por semana para os pacientes e acompanhantes do Hospital de Urgências e Traumas (HUT/Univasf) em Petrolina, quando o grupo Terapia do Riso visita as alas do hospital levando alegria e descontração aos pacientes internados.

Segundo integrantes do grupo, a dor e a angústia daqueles que estão internados e dos que acompanham um enfermo são sentimentos constantes na rotina de um hospital. O objetivo dessas intervenções é colocar em prática recursos como brincadeiras e músicas que suavizam a estada dos internos dentro do HUT e difundir um atendimento hospitalar mais humanizado.

As visitas são promovidas pela Comissão de Humanização do HUT, em parceria com o Grupo Terapia do Riso, e acontecem todas as terças e sextas-feiras, com duração de duas horas. “O objetivo principal dessas intervenções é enxergar a saúde dos pacientes e não apenas focar a doença, como é comum no ambiente hospitalar. A opção de ter uma atividade de descontração tira o estado de inatividade em que os pacientes se encontram, promovendo uma maior interação e dando ânimo aos pacientes”, explica a Terapeuta Ocupacional Gisele Gonzáles Ito.

Internado no HUT há mais de um mês, Thiago Richardson, 23 anos, acredita que receber os integrantes do Terapia do Riso alivia a preocupação e o estresse provocado pelo longo período de hospitalização. “É um momento de alegria. Apesar das dores que sinto, esse momento é sempre animado”, revela. Para a paciente Maria de Fátima de Oliveira, 47 anos, a alegria do grupo contagia a todos a cada visita. “Nós estamos em uma situação delicada e o entusiasmo deles acaba trazendo a esperança de uma melhora mais rápida”.

Essa também é a avaliação feita pela psicóloga do HUT, Diana De’ Carli, e do enfermeiro Eduildson Nunes, representantes da Comissão de Humanização. “Pesquisas no mundo inteiro têm mostrado que o estado de ânimo do indivíduo reflete de forma direta na sua recuperação. Ter a oportunidade de um momento como esse é de extrema importância, respeitando o querer dos usuários. A ideia é que o grupo também contagie os funcionários e que façam uma interação com eles. A quebra da rotina num meio estressante como o de um hospital de urgência traz benefícios como relaxamento, maior capacidade de concentração e atenção aos usuários”, explica Diana.