Mal acabou de ser concluída, a recuperação asfáltica da Avenida da Integração ainda rende polêmica e revolta. Há 21 dias a Prefeitura de Petrolina entregou a pavimentação asfáltica e o trecho em concreto da avenida – depois de cinco meses de serviços. Mas o que deveria ser motivo de comemorações, parece ser o início de novas reclamações.
Os comerciantes do local questionam a qualidade da obra feita na avenida, sobretudo o asfalto. É o caso de Irvin Almeida, proprietário de uma casa de material de construção. Ele denunciou à reportagem que a pavimentação asfáltica, apesar de nova, já está se soltando.
Irvin informa ainda que após a liberação da avenida, o tráfego intenso de veículos acabou abrindo rachaduras no concreto – o que para ele também não deveria acontecer. “Não é preciso ser engenheiro para ver coisas erradas. Uma avenida que demorou cinco meses para ser reformada não era para estar assim agora”, lamentou.
O comerciante revela também que ele e outros donos de lojas na avenida foram destratados pelo secretário municipal de Infraestrutura, Germano Pordeus, durante o andamento das obras, para saber quando seriam concluídas. “Ele nos disse que não daria mais informações porque concedemos entrevistas nos meios de comunicação”, explicou Irvin, que no entanto procurou minimizar as críticas ao prefeito Júlio Lóssio e ao engenheiro responsável pela obra. “Eles foram atenciosos”, completou.
A maior preocupação dos comerciantes, segundo Irvin, é com o período chuvoso. Se a recém concluída avenida já está assim numa época de poucas chuvas como agora, ele acredita que o resultado ficará pior quando as chuvas chegarem no final do ano. Para completar, Irvin demonstra desconfiança em relação à implantação dos tubos, cujo trabalho já foi iniciado e poderá interditar novamente a via. “Por enquanto a avenida está liberada, mas se for fechada novamente vai prejudicar muita gente, como já prejudicou”, avalia.
Ele também criticou o fato de a prefeitura ter bloqueado um dos contornos da avenida colocando ‘gelos baianos’, o que vai obrigar os motoristas a aumentar o deslocamento para retornarem. “Ainda não sabemos se o contorno será liberado ou não”, informa Irvin. Citado na reportagem, o secretário Germano Pordeus tem espaço garantido para dar sua versão.
A crítica é digna do exercício de cidadania, mas pelo tom político, perde credibilidade perante a sociedade.