Itacuruba no mapa do mundo científico

por Carlos Britto // 16 de fevereiro de 2009 às 09:16

O município de Itacuruba,é conhecido pelo seu time de futebol, por ser a terra do artilheiro do campeonato pernambucano de 2004, Kélson, por abrigar a maior empresa de pesca do mundo e por ter saído do mapa.


Com menos de 4 mil habitantes, município deverá virar rota turística para estudiosos de astronomia e ciências em geral. Foto: Júlio Jacobina/DP/D. A Press – 16/12/04

Isso porque a cidade foi inundada pelo Rio São Francisco na década de 80. Agora, entrará no mapa do mundo científico. O lugar foi escolhido para abrigar o 2º maior telescópio do país (o primeiro fica em Minas Gerais). O aparelho é o único do Hemisfério Sul utilizado exclusivamente para monitorar os corpos que estão em proximidade da Terra. Com o equipamento, os cientistas poderão acompanhar o trajeto de asteróides e cometas que podem atingir a superfície terrestre e trazer perigo à população.

Itacuruba foi escolhida por atender os requisitos técnicos para a implantação do telescópio. “São basicamente questões climáticas. O clima é seco, chove pouco, fica longe de centros urbanos, não tem temperatura muito elevada à noite. Outro ponto importante é que a cidade tem baixa iluminação artificial, o que permite uma noite escura o suficiente para estudar melhor os astros”, explicou Daniela Lazzaro, pesquisadora do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, e uma das responsáveis pelo projeto Impacton, que vai desenvolver o estudo na cidade. Ela esteve no Recife na semana passada junto com outra pesquisadora do projeto, Teresinha Rodrigues, para ver o telescópio que chegou da Alemanha, onde foi produzido.
Ela disse, ainda, que o telescópio não ficou em um grande centro urbano porque como tem muita iluminação artificial, perde-se o espetáculo natural. E essa é uma das vantagens da cidade escolhida para abrigar o aparelho. O telescópio ainda está sem data para começar a funcionar porque a prefeitura está montando parte da infraestrutura necessária para receber o equipamento.

Fonte: Diário de PE

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