‘Setembro Verde’ em Petrolina pretende conscientizar sobre doação de órgãos

por Carlos Britto // 23 de setembro de 2016 às 18:34

campanha doação de órgãosPetrolina é uma das cidades participantes da campanha ‘Setembro Verde’, que busca conscientizar a população sobre a doação de órgãos. Apesar das diversas ações de estímulo e esclarecimento sobre o tema, a lista de pessoas aguardando na fila da Central de Transplantes ainda é grande. Apenas no estado de Pernambuco, são 1.230 pacientes.

Atuando desde 2012 em hospitais públicos e privados de Petrolina, a Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO) vem desenvolvendo o trabalho de identificação dos possíveis doadores. Os órgãos captados na cidade são coração, rins, fígado e córneas.

Segundo a organização, o índice de recusa à doação é de 50%, o que – segundo a enfermeira da OPO, Gerlene Lira – está dentro da média nacional. “De uma forma geral, os índices de recusa de doação no Brasil são altos, mas os índices de Petrolina já estiveram menores que no resto do estado, chegando a 30% e 40%. São índices que costumam oscilar”, disse.

Para aumentar o número de doadores, a OPO vem desenvolvendo ações que buscam derrubar mitos e esclarecer dúvidas sobre a morte encefálica. “Explicamos aos familiares que o diagnóstico de morte encefálica se dá através de processo rigoroso que envolve muitos profissionais. Quando eles entendem essas questões, fica muito mais fácil concretizar a doação”, explicou a gerente da OPO, Samyra Moraes.

Números

De janeiro a setembro de 2016, foram realizadas 40 captações na cidade. A maioria ocorreu no Hospital Universitário (HU), devido, principalmente, ao perfil da unidade médica, que atende a pacientes neurocríticos, em sua maioria, vítimas de acidentes automobilísticos. Os transplantes das córneas captadas são realizados na cidade, o restante dos órgãos são encaminhados para Recife (PE). A regulação é responsabilidade da Central de Transplantes, que identifica os perfis genéticos mais parecidos, entre os doadores e receptores, e localiza os que apresentam os menores índices de rejeição. Esta semana o cirurgião e professor da UPE e da Uninassau, Cláudio Lacerda, destacou Petrolina como exemplo a ser seguido na captação de órgãos.

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