Rosalvo abre série de entrevistas do Blog prometendo fazer governo ecossocialista

por Carlos Britto // 12 de julho de 2012 às 06:58

Com a experiência de duas candidaturas a prefeito de Petrolina na bagagem, sem contar a de vereador e outra de deputado federal, o professor Rosalvo Antonio aposta novamente suas fichas na disputa pela prefeitura da maior cidade do sertão pernambucano.

Ancorado no projeto do seu partido, o PSOL, em construir políticas públicas para Petrolina com uma visão ecossocialista, Rosalvo abre a série de entrevistas do Blog com os candidatos a prefeito.

Nesta primeira parte, ele destaca que a proposta de seu governo é fazer uma administração sobretudo valorizando os servidores públicos e com respeito aos direitos humanos. Diz ainda que representa a força da mudança popular contra o projeto neoliberal dos demais candidatos que estão na disputa e garante, se for eleito, fazer uma auditoria para saber como estão sendo conduzidos os recursos dos cidadãos petrolinenses.

Confiram:

Blog Carlos Britto – Candidato, por que o senhor mais uma vez entra na briga para tenar ser prefeito de Petrolina?

Rosalvo AntonioPrecisamos construir Petrolina com uma visão ecossocialista, respeitando os direitos humanos e amplamente democrática, onde todos e todas possam ser respeitados. Possam estar integrados dentro da sua construção.

Blog – O senhor já tem experiência em candidaturas a prefeito, fora as de vereador e deputado. Qual o aprendizado que o senhor traz para essa candidatura?

R.AA minha história é pautada por uma integração dentro dos problemas que atingem a população. A minha origem já mostra isso. Venho de família humilde, mas estudei. Sou técnico em saneamento, professor de História, e tenho discutido todos os problemas de Petrolina e contribuído na busca de soluções com propostas, ideias, participando dos conselhos, militando nos movimentos sociais e populares, participei recentemente do 5º Fórum Mundial Urbano da ONU, onde debatemos a política de desenvolvimento visando a uma sociedade sustentável com 150 países. E também com 28 países, de um seminário em São Paulo, do PSOL. E nossa experiencia como candidato em petrolina, por diversas vezes, é o complemento da experiência que temos atuado como militante nos movimentos sociais, sindical, na luta do povo, e que conhece a realidade das pessoas porque tenho vivenciado os mesmos problemas do ciadão comum. Então isso nos dá a possibilidade construirmos uma Petrolina mais justa, mais fraterna, mais igualitária.

Blog – Há quem diga que o senhor é bom de discurso, mas ruim de prática. A essas pessoas, o que o senhor tem a dizer?

R.A – Nós temos princípios éticos, morais, princípios que valorizem a especie humana. Então essas pessoas talvez estejam equivocadas em sua forma de ser, nunca tenham conversado comigo. Nem conhecem de fato a minha ideia. Mas peço que de fato elas possam me procurar para a gente dialogar pessoalmente, estamos abertos ao debate. Inclusive o nosso programa (de governo) está aberto ainda ao debate. E temos construído princípios e diretrizes de como a gente deve fazer para construir essa Petrolina Ecossocialista. E por que estamos colocando isso como fundamentos do nosso programa? Porque sem que você respeite o cidadão em seus amplos direitos, não tem como fazer uma administração diferente. Então pautamos o nosso programa em cima de princípios. Essas pessoas não conhecem a proposta do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), e pedimos que possam ler nosso estatuto e nosso programa. Vamos descentralizar o poder, dando autonomia às gerências do município, porque muitas vezes as pessoas chegam à procura de uma informação, na saúde, por exemplo, às vezes muito simples. Mas os gerentes têm medo de dar uma reposta para não serem tirados do cargo. E fica sempre aquele jogo de ‘empurra’. Quem tem que dizer como devem ser aplicados os recursos de um setor, é quem está trabalhando nesse setor, juntamente com a população. Com isso iremos criar os canais intuicionais de participação popular dentro de cada setor, seja saúde ou educação, para que esse diálogo, seja permanente(…)e mais, criar subprefeituras nos distritos do município, e sobretudo em lugares que não estão oficialmente como distritos. Izacolândia é um exemplo.

Blog – O senhor parte para o embate com um ex-prefeito, um filho de ex-prefeito e com o atual prefeito. Os três, ou têm a coalização de forças ou a estrutura, os recursos financeiros. Como o senhor espera passar para a população que sua proposta é a melhor para Petrolina?

R.AQuem nenhum deles é maior do que Deus e que o poder emana do povo. Então o povo, na hora de votar, é quem tem a força. Esses poderosos, economicamente, muitas vezes contraíram recursos dos cofres públicos, tirando do suor do trabalhador, e o utilizam fortemente na campanha para enganar a população. Então o que colocamos é isso: quando o povo quer, a mudança vem, e nós estamos prontos para receber essa mudança e fazê-la juntamente com o povo.

Blog – Mas o senhor já disse isso outras vezes, quando foi candidato a prefeito, e não se reverteu nos votos necessários. Tem alguma coisa de nova que o senhor está trazendo para tentar essa conscientização?

R.AA gente precisa reafirmar o que a gente disse desde o primeiro momento em que fomos candidato. Acredito que hoje a população sabe separar o joio do trigo. De um lado, tem o projeto. O projeto capitalista, de fortalecimento dos poderosos. Do outro tem o nosso, que é um projeto da participação popular, democrática, e que visa sobretudo diminuir as desigualdades sociais no município de Petrolina. A gente vê aí o caos na saúde, a privatização na saúde. Precisamos combater isso. Temos que fortalecer a educação como uma fonte de transformação da sociedade, e não de alienação. Fazer a valorização do servidor público, com plano de cargos, carreira e salários. Levantar a autoestima do servidor, porque sem ele ninguém vai poder fazer mudanças no município. Vamos buscar construir essa Petrolina que valorize o servidor, os seres humanos, os recursos humanos e que esteja integrado com as políticas (saúde, educação, cultura, agricultura).

Blog – A atual administração falou em valorizar as pessoas, o senhor acha que essa meta não foi cumprida?

R.ANão existe valorização das pessoas dentro de um projeto de sociedade neoliberal, que visa a fortalecer a concentração de renda. Por isso que em Petrolina, hoje, está muito fácil de escolher seus representantes. Porque de um lado tem esse projeto neoliberal, dos outros candidatos, e do outro tem o nosso, que é justamente mudar, fortalecer as políticas de estado, para assegurar o bem estar das pessoas.

Blog – Qual será sua bandeira principal como prefeito de Petrolina, e qual seu primeiro ato?

R.AFazer uma auditoria séria, que vai nos mostrar como estão sendo conduzidos os recursos no município. Vamos montar nossa equipe, composta em grande parte por servidores do próprio município, que são quem conhece a máquina administrativa, e vamos fazer um debate sério com toda a população, para a partir daí darmos direcionamento a políticas pública em geral. Vamos encontrar um Orçamento já elaborado e aprovado pela atual gestão, mas o que a gente precisa implementar dentro desse Orçamento é inserir aquilo que não existe hoje, que é efetivar e respeitar a população nas decisões.

Rosalvo abre série de entrevistas do Blog prometendo fazer governo ecossocialista

  1. Reginaldo Rodrigues disse:

    Para a maior parte da população de Petrolina o profº Rosalvo reprensenta o melhor nome. Como as cidades nas sociedades capitalista são construida para o capital, Petrolina não forge dessa regra.
    A cidade deve atender as pessoas e não o capital, não podemos permitir que os espaços urbanos sejam transformados em mercadoria gerando um secregação espacial. Mas o candidato deve analisar a existência de um espaço real para colocar as ideias em prática, pois discurso sem prática é alienação.

    1. Marivaldo disse:

      Mas só poderemos ver a prática de suas idéias se ele for eleito!

  2. Watergate disse:

    Rosalvo devia era trabalhar de verdade em vez de ficar com essa ecobaboseira ecochata.

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