Para evitar pressões sobre inflação, BC pode aumentar taxas de juros

por Carlos Britto // 14 de outubro de 2012 às 17:40

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse num café da manhã fechado para investidores em Tóquio, promovido pelo banco Itaú-BBA, que o BC “não aboliu os ciclos econômicos”, e que poderá elevar os juros quando for preciso. “Nós iremos subir os juros, quando necessário”, disse o presidente da autoridade monetária brasileira, segundo informações levantadas pela Agência Estado com três participantes do encontro, que pediram para não ser identificados.

Apesar da afirmativa, Tombini passou uma avaliação de que há tranquilidade de convergência para a inflação no próximo ano, quando deverá ficar ao redor da meta no terceiro trimestre de 2013. “Ele indicou que a trajetória dos juros pelo BC deve ficar longa o suficiente por um bom período de tempo, o que para mim indica que a Selic ficará em 7,25% até o final de 2013”, destacou um dos participantes.

Segundo ele, Tombini disse que as medidas macroprudenciais são usadas basicamente para conter eventuais excessos da velocidade do crédito. Há especulação de analistas no Brasil de que, se o BC não elevar os juros no próximo ano, poderia adotar medidas macroprudenciais e certa apreciação pontual do câmbio para conter eventuais pressões sobre a inflação, que pode acumular uma alta de 6% até junho de 2013.

Sobre o cenário internacional, o presidente do BC passou serenidade aos participantes do evento e comentou que o nível de desaceleração da economia global está dentro do avaliado já há bom tempo pelo BC. Nos últimos dias, o mercado internacional apresentou forte pessimismo com as perspectivas do nível de atividade global no médio prazo.

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