Dias de campo discutirão medidas de combate a mosca-da-fruta em culturas irrigadas no Vale do São Francisco

por Carlos Britto // 11 de junho de 2013 às 08:05

mosca da fruta/Foto reprodução InternetA infestação da mosca-da-fruta em culturas irrigadas de Petrolina e Juazeiro será tema de dois dias de campo, que acontecerão em Petrolina e Juazeiro. O primeiro deles será hoje (11), a partir das 8h, no N-11 do perímetro de irrigação Senador Nilo Coelho. O outro acontece na quinta-feira (13), no mesmo horário, no perímetro Mandacaru, na cidade baiana.

Segundo nota da assessoria da Embrapa Semiárido, estes são os primeiros de uma série de 17 dias de campo que dão início a uma das principais estratégias para o controle da praga que ameaça a produtividade dos pomares no Submédio do vale do rio São Francisco.

Beatriz Aguiar Jordão Paranhos, pesquisadora da Embrapa Semiárido, afirma que o sucesso de qualquer programa de contenção dessas moscas requer a cooperação e participação ativa de todos os fruticultores. A praga infesta áreas de culturas variadas e não basta que um ou alguns produtores tomem iniciativas para monitorar e suprimir a população do inseto.

Este é um trabalho que precisa ser feito por todos, de forma coletiva. Cada um tem muito a contribuir para a solução do problema que causa tanto prejuízo à fruticultura da região”, afirma.

Os dias de campo devem ocorrer também em Casa Nova, Sento Sé e Belém do São Francisco. Com eles, pretende-se divulgar informações sobre a biologia e o comportamento dessas moscas, ações de monitoramento e os métodos de controle (cultural, químico e biológico). Na organização, estão envolvidas, além da Embrapa Semiárido, Valexport, Câmara da Fruticultura, Adagro, Adab, Moscamed, MAPA, Dow Agroscience, Ihara e Sebrae.

Medidas de contenção

Várias dessas instituições integram o Comitê Técnico encarregado de articular a adoção urgente de medidas para controle do inseto. Atualmente, apenas os pomares de manga, onde as frutas colhidas são destinadas à exportação, se submetem à legislação fitossanitária com normas específicas de controle, em especial a que obriga o monitoramento para avaliar o nível de infestação do inseto na área de plantio.

Contudo, a capacidade da espécie Ceratitis capitata ou mosca-do-mediterrâneo (moscamed) de infestar grande diversidade de frutos exige que as medidas de contenção da praga sejam estendidas aos pomares de uva, goiaba, acerola, carambola, cajá, siriguela, dentre outras. Por isso, é preciso ampliar os efeitos da legislação para as demais culturas do Vale.

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