Cauteloso, Ronaldo Silva afirma que não necessariamente seguirá colegas de comissão pela rejeição das contas de Lossio

por Carlos Britto // 28 de dezembro de 2017 às 12:56

O vereador e presidente da Comissão de Finanças na Casa Plínio Amorim, Ronaldo Silva (PSDB), preferiu a cautela ao comentar o parecer assinado pelos outros dois integrantes, Aero Cruz (PSB) e Osinaldo Souza (PTB) – respectivamente relator e secretário da comissão – pedindo a rejeição das contas de 2010 do ex-prefeito de Petrolina, Julio Lossio (PMDB).

Em entrevista à imprensa na sessão plenária de hoje (28), a última do ano, Ronaldo disse que ainda não assinou o parecer, apenas recebeu a cópia numa reunião realizada na tarde de ontem (27), na Casa.

Ele disse ainda que analisará o parecer e tomará sua decisão “de forma técnica”, o que não significa que respaldará a conclusão do relator e do secretário, sobretudo porque dos 17 itens apontados pelo Ministério Público de Contas recomendando a rejeição, somente dois chamam atenção. Um deles seria o percentual abaixo do exigido por lei dos recursos destinados à educação; o outro é o repasse do duodécimo à Câmara de Vereadores, que também estaria irregular. O restante foi justificado por Lossio.

Vou estudar em cima desses dois itens, para saber se houve prejuízos ao erário público. Tanto que o Ministério Público e o Tribunal de Contas pediu aprovar com ressalvas”, ponderou. Segundo o governista, se tiver que referendar os dois colegas da comissão, vai fazer isso. Caso contrário, irá fazer um outro parecer justificando o motivo de não seguir a decisão de Aero e Osinaldo.

Imparcial

Perguntado se o fato de ter sido um dos principais aliados de Lossio e agora, do outro lado das trincheiras, poderá inviabilizar um projeto político do ex-prefeito, Ronaldo se disse tranquilo. “Se o ex-prefeito Julio Lossio ou o atual prefeito Miguel Coelho estiverem errados, não têm meu acompanhamento”, concluiu. Lossio, bem com o presidente da Casa, Osório Siqueira (PSB), já foram notificados do parecer. Possivelmente Osório convoque uma sessão extraordinária em janeiro de 2018 para votar a matéria, até porque também será analisado um empréstimo de R$ 60 milhões da atual gestão, que passou do prazo.

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