O indesejável pó de cana queimada, despejado diariamente nos lares de Petrolina e Juazeiro (BA), mereceu uma dura crítica do leitor Plínio Galdino. Leiam:
Neste artigo, o leitor cobra veementemente que as autoridades públicas e a população se manifestem contra esse problema, que é inclusive de ordem sanitária.
Confiram:
Prezado Carlos Britto, como cidadão de um Estado Democrático, entendo que a imprensa livre é um dos maiores instrumentos para fortalecimento da democracia, por isso recorro ao seu Blog.
Sou um nacionalista otimista e odeio a expressão “coisas do Brasil”. Respeitador da lei por obrigação e opção; entendo que o direito de um termina quando cerceia o direito do outro. “Todos são iguais perante a lei…” (Constituição Federal 1988, Art. 5º).
Embora reconhecendo a grande importância econômica e social da empresa Agrovale, é inadmissível que o Ministério Público, a Justiça e as lideranças políticas não exerçam influências sobre o absurdo que acontece diariamente nos lares da nossa região.
A sujeira e, por consequência, a promoção de doença que invade os lares depõem sobre a ineficiência pública de toda ordem. Faço uma provocação às Universidades: pesquisem sobre a problemática “a influência da sujeira da queima da cana em mortes provocadas pelo aparelho respiratório em nossa região”.
Não quero ser fatalista nem inibidor do desenvolvimento econômico. Sou admirador da liberdade do mercado. Não admito, como cidadão, que o enriquecimento de uns poucos esteja assentado na violência sobre a natureza e a insalubridade de todos os moradores de uma região. Estou convicto que esta empresa já recebeu o tempo e o incentivo econômico suficiente para não sujar as nossas cidades.
Como povo, fico com a hipótese que a força financeira cale as vozes dos poderes, pois vivemos sob a democracia representativa, ou seja, elegemos representantes do interesse do povo. Agonizando e tendo de lavar a casa todo dia, confio na liberdade de imprensa para expressar o meu descontentamento com este cenário. Vou continuar acreditando que, no meu belo Brasil, coisas desse tipo não acontecem por muito tempo.
Com a palavra o Ministério Público, o Ibama, as lideranças políticas, a Imprensa, o povo…
Plínio Galdino Silva
Parabens secretário, muito oportuna a sua colocação, concordo plenamente.
Concordo. Esse problema é antigo, mais de 3 décadas e nunca teve uma solução. Fala-se tanto em meio ambiente e nós do vale do São Francisco, além da morte do Rio São Francisco, ainda convivemos com a invasão desse bagaço de cana em nossos lares, causando sujeira e outros problemas. Bem que a AGROVALE poderia me pagar por jogar seu lixo em minha casa sem o meu consentimento!
Geralmente acontece porque a queima é feita a favor dos ventos. Assim fica mais econômico. A cana chega mais limpa na fábrica. Isto não só incomoda, mas causa aumento de custo às pessoas para manter suas casas limpas. Piso, móveis, roupas do varal e picina. Em casas sem forro, já aconteceu com pessoas, que dormem com a boca aberta, acordarem sufocadas com a garganta cheia de fuligem.
A primeira medida seria penalizar a empresa com pagamento das despesas diárias com a limpeza de cada casa.Em seguida, depois de um estudo, a empresa será responsabilizada pelos danos causados à saúde das pessoas.
GOSTARIA QUE AS AUTORIDADES VISSE ISSO COMO UM MAL ENORME PARA NÓS SERES HUMANO E NATUREZA.CADÊ AS AUTORIDADES SÓ SERVEM PARA POBRES?SÓ SE VÊ ANUVEM DE FUMAÇA COBRINDO ACIDADE .QUER DIZER QUE AS AUTORIDADES NÃO MORAM AQUI EM PETROLINA E JUAZEIRO PARA NÃO VÊ ISSO?UM ABSURDO!
Isso causa revolta em toda a população, pois somos agredidos todos os dias em nossos direitos e ninguém praticamente nada faz para mudar essa situação.
. O rio está morto e como nós vamos lavar nossas casas todos os dias. Todo ano é essa peregrinação e não resolve nada. Senhores Deputados deem uma contribuição a nossa Região e colaborem para que isso seja resolvido.
Olha, concordo que dependendo do vento este pozinho chega a alguma residências, mais secretario que discriminação é esta, só porque é om pó PRETO?, se fosse PÓ BRANCO , você não estava falando.
Vai procurar uma trouxa de roupa e deixe o povo trabalhar!
Eu acho que o pó não chega na sua casa, não é mesmo Xavier? Aqui não se trata de racismo e sim de sujeira, gente é um absurdo, vamos fazer alguma coisa isso não pode continuar assim
Existem máquinas colheitadeiras que em pouco tempo faz a colheita separando a cana de suas palhas, por outro lado negativo, dezenas e dezenas de trabalhadores serão dispensados para colheita convencional.
O problema é muito sério. Quase todas as noites (escolhem esse horário para tentar camuflar a visibilidade da fumaça) sofremos com esse problema que incomoda nosso descanso noturno e prejudica nossa saúde. as vezes a fumaça é tão intensa que chega a parecer uma névoa sobre a cidade e, mesmo se trancando dentro de casa com todas as entradas fechadas e o ar condicionado ligado, impede de respirar essa fumaça altamente tóxica.
Não falo nem da sujeira,mas as 3h- 4h da manhã em Juazeiro e Petrolina,basta ir a ponte Presidente Dutra e olhar para o céu e observer o efeito da queima(fato que os moradores ainda se deram conta),mas nas férias percebi isso.Muitos não sabem as conseqüências dessa inalação,ainda mais a longo prazo que é o que acontece,podendo levar a um processo e/ou destruição dos alvéolos pulmonares,podendo até mesmo evoluir para óbito sim,mas por que não são tomadas as devidas providencias ?Dinheiro ou os “especialistas” acham que esta quantidade não seja nociva?E para quem já tem problemas no sistema respiratório,qual a situação? Empregos todos querem,mas saúde? Por que a industria não é punida pelo transtorno causado?.Todos devem denunciar sim crimes ambientais .E espero que solucionem o caso.
IBAMA
POLICIA MILITAR AMBIENTAL
MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
PODER LEGISLATIVO
Mariana Araújo…concordo com tudo que colocaram, escrevi uma dissertação de mestrado sobre o problema recentemente pela Univasf.
É deplorável essa situação. Se para os adultos já é ofensivo, o que dirá para as crianças!? Seria interessante o blog pedir um posicionamento do MPF e do MPT a respeito do assunto.
Impressionante como os promotores nãp percebem esta agressão ao meio ambienta e os esgotos jogados no Rio abram os olhos aprendam defender os mais necessitados.
Marivaldo, se a desvantagem da colheita mecanizada é a perda dos empregos, é simples, faz a colheita manual sem queimar. O emprego vai triplicar e a palha fica no campo onde pode ser picada e incorporada no campo. O Ministério Público pode conseguir um grupo de estudo para acompanhar um experimento de campo em área da Agrovale para fazer inclusive o estudo econômico da colheita cana crua. O que não se pode é suportar está agressão indeterminada mente. As autoridades não podem permitir que se ponha em dúvida, pela opinião pública, a própria isenção delas.
AJAMOS!!! Filmem, fotografem, produzam provas contra esse crime ambiental e contra a saúde pública e ingressem com ações de danos morais e materiais contra esta empresa. Serão tantas condenações que ou ela corrije suas práticas ou inviabiliza seu negócio.
Cabe uma ação civil pública?
Caro Senhores e Senhoritas, Realmente isso que a Agrovale faz de fato incomoda muito os moradores da região, mas, verifica-se que a fuligem que cai em suas casas e na minha também trata-se de uma partícula fina e não super-fina, por isso é uma fuligem incapaz de ser inalada. Desta forma, não se têm estudos acadêmicos que comprovem cientificamente a inalação dessa partícula e quaisquer assemelhação/ligação com mortes causadas por essa partícula emitida pela queima da cana-de-açúcar. Assim, temos que pensar na parte econômica da situação, tendo em vista viabilizar a operacionalização da empresa e os empregos gerados para a população. Não vejo mal algum dar continuidade a rotina de se varrer às áreas residenciais, essa rotina já é realizada a anos não só pela fuligens e sim pelo lixo urbano causado por essas pessoas que aqui reclamam. Chega ao meu conhecimento que já existe um TAC do ministério público que em alguns anos a frente terão que reduzir e acabar essa emissão.
É realmente isso que você diz. concordo.
Vivo em Petrolina há 10 anos e nunca entendi porque as autoridades não resolvem esse problema. É vergonhoso para Petrolina e Juazeiro que isto esteja acontecendo há tanto tempo e nada se faça para combater. Entendo que o caminho seja realmente através de ações da sociedade civil e apartidária, pois no último pleito a Agrovale, segundo dados publicados no site do TSE, link http://inter01.tse.jus.br/spceweb.consulta.receitasdespesas2014/, essa empresa doou R$ R$ 1.850.000,00 a candidatos de vários partidos, em Pernambuco e Bahia, certamente com o intuito de assegurar que seus interesses e lucros sejam resguardados sempre. Acessem o link e coloquem o CNPJ 13.642.699/0001-35. Lá aparecem todos os candidatos beneficiados e os valores destinados a cada um. Quero fazer parte sim desse movimento para acabar com esse absurdo que é essa fuligem poluindo nosso ar, nossa existência. Devemos nos certificar da permanência dos trabalhadores na empresa, pois ela certamente argumentará que terá que cortar gastos e irá usar isso contra o que for obrigada a fazer para mudar isso.
a Prefeitura de Juazeiro tem um debito muito grande com a população e com o Rio São Francisco, vou citar alguns pontos abaixo r providencias das Autoridades por exemplo.
1- Esgotos in natura a céu aberto em vários bairros de Juazeiro despejados no Rio São Francisco;
2- Lixo acumulado por toda Cidade;
3- Fazenda de Gado e outros animais instalados no Mercado do Produtor de Juazeiro;
4- Fedentina insuportável na Avenida Inácio Lula da Silva, decorrente do canal de esgoto, bem como, embaixo dos pontilhões de Juazeiro;
5- Pontos de Drogas e prostituição nas orlas de Juazeiro;
6- Crianças pedindo esmolas nos sinais de trânsito;
7- Falta de Atendimentos nos Hospitais, sucateamento da Saúde na Região;
8- Monopólio de alguns Planos de Saúde na cidade;
9- E as famosas Muriçocas.
Muitos destes problemas existem nas duas Cidades tanto em Juazeiro como em Petrolina, acredito que a amiga MARIANA ARAUJO quando foi de madruga, pode verificar que tanto do lado baiano como do lado pernambucano existe uma grade quantidade de esgoto sendo despejado no Rio São Francisco sem o menor pudor, aliás isso pode ser visto a qualquer hora do dia ou da noite em qualquer dia do ano, isso é inadmissível, eu não consigo entender porque estas duas cidades com mais cem anos cada continuem jogando esgoto no Rio São Francisco sem nenhuma previsão de findar.
Acredito que o senhor como um homem público pode começar a abraçar estas causas de verdade e com real comprometimento.
Com relação a Agrovale sabemos que realmente incomoda a palha de cana nas nossas casas, mais sabemos também que ruim com ela pior sem ela, esta empresa emprega diretamente 5.000 empregados em regime CLT, isso significa mais de 20.000 empregos indiretos. Já pensou , a sua cidade sem esta empresa? Soube que ela é a terceira maior empregadora da Bahia, aqui em nossa região já fecharam algumas grandes como Picadilli e Mariad que empregavam mais 1.000 pessoas cada.
Acredito que os esgotos a céu aberto e os jogados no Rio trazem muito mais doenças para nosso povo do a palha de cana.
Concordo com o Sr. Plínio! Além da poluição ao meio ambiente, a saúde da nossa população está em jogo, creio eu que isso é muito mais importante que qualquer outra coisa. É caso de saúde pública. Absurdo!
Se falou muito sobre foligem da cana de açúcar, mas e a fumaça? No início da noite do dia 11/09, havia muita, mas muita fumaça pairando sobre o céu petrolinense de uma tal forma, que era visível, bastando somente olhar para alguma luz de qualquer poste de iliminação.
E vou mais além! A fumaça era tanta, que me lembrou de dois lugares conhecidíssimos pela poluição do ar, os lugares que me recordei são as cidades de São Paulo e Cubatão.
Uma empresa que doa para um candidato: RUI COSTA, 250mil e para seu concorrente PAULO SOLTO 200mil, gastou 1,5milhões em doação políticas, inclusive 300 mil para um deputado pego por improbidade administrativa. Quer dizer, acaba com a democracia, já que outros candidatos melhores não tem poder econômico para concorrer com esses. A Empresa, portanto, prejudica o povo de Juazeiro e a democracia. Socialmente, também, pois, patrocinar políticos e a mesma coisa que plantar miséria na população. Esses políticos tem compromisso com a empresa doadora, não são independentes, tem o rabo preso com a doadora, portanto péssima atitude social para o povo da região dessa empresa. Pior, que isso vem de longa data, pode uns 40 anos nisso.
A empresa da o que ela quiser o quanto ela quiser a quem ela quiser. Quer mandar ate no dinheiro alheio? Ao invés de brigar aqui va pro Ministério Público p ver se tem algum efeito. Vc choramingando aqui não vai resolver. Me poupe viu! HIPOCRISIA. Falo mesmo!
Deixem de babaquice! Um erro não se justifica com outro. Se existem outras falhas vamos atacar a todas, até que se resolvam todas. Proíba a queima e o emprego triplicará no corte da cana crua. Não somente os políticos que recebem dinheiro doce, mas os principais programas de rádio, TV e blog. Daí não sai editorial contra este tipo de agressão à natureza. ???????
Meu Deus Sinto uma vontade imensa de choral todos os dias qd acordo e vou ate minhas areas meu jardim e vejo esse abuso e agressao por parte dessa empresa
Concordo plenamente! É um absurdo essa sujeira que somos obrigados a conviver diariamente, tem que lavar a casa todos os dias, haja água. Na minha concepção cabe sim uma ação contra essa empresa, que desrespeita a todos os cidadãos de Petrolina e Juazeiro.
Aqui estamos em pleno Setembro de 2017 ( 2 anos depois), o problema relatado na matéria e nos comentários continua da mesma forma, sem nenhuma alteração. Isso é no mínimo inadmissível, mostra o descaso dos agentes públicos para com a população em geral. Pesquisem, garanto que existem estudos SIM, que mostram os males causados por esse tipo de partícula derivada da queima da cana. O reflexo desse problema não aparece agora, será evidenciado daqui a anos/décadas…