Wagner admite candidatura à reeleição

por Carlos Britto // 23 de dezembro de 2008 às 16:45

Em entrevista, concedida ontem na Governadoria, o governador Jaques Wagner (PT), em clima de recesso por conta das festas de final de ano, esclareceu alguns pontos considerados polêmicos, a começar pela relação entre a sua legenda e o PMDB, que desde a eleição municipal vem sofrendo uma sucessão de mal-estar.

“O PMDB é um aliado importante. Estive, inclusive, com o ministro Geddel hoje (ontem) e, pelo que me consta, não há intenção de saída da base nem mesmo de candidatura própria para 2010. Mesmo assim, por enquanto, não me interessa a agenda da discussão política. Ainda é muito cedo. Tenho um bom relacionamento com Geddel e ele é um aliado confiável”, minimizou o governador, referindo-se ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, principal liderança do partido na Bahia, que reiteradas vezes deixou claro que o seu futuro político no que diz respeito às eleições de 2010 é incerto. Wagner, por sua vez, destacou que a tentativa de reeleição é uma tendência natural e que sua sobrevivência política só pode ser garantida pelo desempenho do governo.
Por outro lado, o tom não foi tão amistoso quando questionado sobre a posição defendida pelo prefeito João Henrique de que o PMDB passe a atuar na oposição. Vale ressaltar que a declaração foi dada, após a assessoria de imprensa do governador, afirmar que Wagner seria oposição ao Legislativo municipal. “Não sabia que ele era líder do partido na Assembléia Legislativa. O prefeito agora fala o que quer”.
Em relação a um possível rompimento com o prefeito João Henrique, segundo o petista, só se consolidará se o prefeito quiser. Segundo Wagner, a posição do PT na Câmara Municipal dependerá exclusivamente da postura do prefeito no sentido de querer ou não o partido na base. “Contudo, mesmo na hipótese de o PT ficar na oposição a João Henrique, será tratado com o mesmo respeito com que trato os prefeitos que não me apoiaram em 2006. Ou seja, o que for de interesse da cidade, trataremos. Se ele decidir ficar na oposição, trataremos como um prefeito de oposição, mas ainda está muito cedo, nem ocorreu a posse ainda”, disse o governador.
Por fim, Wagner negou que vá promover uma reforma administrativa no governo. “Não tem isto de reforma administrativa marcada”, disse o governador, admitindo, no entanto, que a NDG, empresa especializada em consultoria administrativa, foi contratada pelo governo e que pode resultar na sugestão do enxugamento da máquina e, conseqüentemente, na redução de secretarias. O governador voltou a defender o trabalho do seu secretário de Relações Institucionais, Rui Costa, criticado pelo oposição e setores do governo.
”A condução política é uma tarefa difícil, mas que tem dado resultado”, declarou.

Fonte: Tribuna da Bahia

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Últimos Comentários

  1. Tem que desapropriar o imóvel onde ficava a casa da criança, atrás do regente, para fazer um terminal de ônibus.

  2. Deu lugar ao mercado turístico? Por que deram esse nome? Bom, acho que já mudou, mas era melhor ser chamado…