Começa amanhã (3), às 9h, no Núcleo Temático I da UNIVASF, campus de Petrolina (PE), o VI Curso de Capacitação em Moscas-das-Frutas de Importância Econômica e Quarentenária.
O evento que segue até o dia 11 de novembro, é promovido pela Moscamed, em parceria com o Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), e com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O curso contará com cerca de 15 atividades, entre aulas teóricas, práticas e visitas técnicas. O objetivo dessas atividades é difundir conhecimentos em manejo integrado de moscas-das-frutas, e capacitar profissionais que atuam no setor de sanidade vegetal.
O evento será voltado principalmente para fiscais agropecuários federais e estaduais, docentes, estudantes de nível superior, além de produtores e exportadores de frutas. A programação completa pode ser acessada no site www.moscamed.org.br.



A mosca da Fruta já se constitui num problema sério para a fruticultura.
O monitoramento ainda é a operação mais fácil. Difícil mesmo é o controle. A Moscamed se propôs a fazer o controle e depois se limitou somente ao monitoramento, porque não conseguiu controlar. Este curso, pelo próprio conteúdo, contempla mesmo o monitoramento.
Hoje o mais importante é o controle. A liberação de machos estéreis é uma operação muito limitada e não tem resolvido a questão. A Moscamed não tem dado resposta positiva ao grande investimento feito nesta área. A legislação e ou sua aplicação não tem facilitado o controle. Se uma fazenda consegue fazer tudo certinho e o vizinho não consegue, ambos perdem o controle. O monitoramento teria que ser obrigatório para todos e em qualquer pomar com espécies suscetíveis à mosca.
A manutenção do pomar limpo de frutos maduros é o método mais eficiente. Todavia, há momentos em que esta operação é, inevitavelmente, de baixa eficiência. Esta situação ocorre mais nos momentos de baixa procura e de muita oferta de frutas como a manga. Torna-se inviável, financeiramente, e operacionalmente difícil colher diariamente frutos para se incinerar, quando o mercado não está comprador. Estes momentos têm sido muito freqüentes. O controle químico ainda é o mais eficiente, mas, além de caro é desaconselhável por conta da carência dos agrotóxicos. Isto tem se constituído uma ameaça à saúde de nós consumidores de frutas. Eu acho que se deveria investir mais em discussões técnicas na busca de soluções mais eficientes e mais limpas. Talvez o uso de feromônio, como controle, seria uma solução, aliando-se a todas as outras práticas limpas de controle. É imprescindível a obrigatoriedade para todos.